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terça-feira, 26 de agosto de 2014

Entenda o que são os suplementos

Suplementos proteicos como o whey protein são destinados a atletas de alto rendimento que, durante o treino, são submetidos a um grande desgaste físico e correm o risco de, devido a esse desgaste, perderem parte da massa muscular. A proteína, nesses casos, protege contra a perda dos músculos ou possibilita o crescimento muscular.
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A prescrição do suplemento, segundo os especialistas, deve ser feita exclusivamente por médicos ou nutricionistas especializados em exercícios físicos e a quantidade do produto deve ser calculada de acordo com o treino e o peso do atleta

Apesar de ser voltado para atletas, o suplemento proteico é comumente consumido por frequentadores de academia sem a orientação adequada. Isso pode ser arriscado, segundo especialistas: se, a princípio, trata-se de um produto inofensivo, já que apenas concentra as proteínas que já estão naturalmente presentes nos alimentos, o excesso pode trazer problemas para rins, fígado e coração.
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O excesso de proteínas pode ainda aumentar o percentual de gordura, levar ao surgimento de acne, gases e alergias respiratórias, além de dificuldades de digestão.

Risco de consumir produto com irregularidades
Como os suplementos proteicos são produtos indicados para suprir uma deficiência nutricional específica de cada atleta, uma diferença na quantidade de proteínas e carboidratos em relação ao que está especificado no rótulo pode interferir na programação de treinamento.

No caso de um atleta que depende de uma massa muscular grande para praticar sua modalidade, se ele usar uma quantidade mais baixa de proteína, seu desempenho físico pode ficar prejudicado. Por outro lado, se ele mantém o mesmo nível de atividade física e passa a ingerir uma quantidade maior de carboidrato, pode haver um aumento de sua massa de gordura.

Suplementos x anabolizantes
Suplementos alimentares muitas vezes são confundidos com anabolizantes, mas tratam-se de coisas diferentes. Enquanto os suplementos são indicados suprir determinada carência nutricional, os anabolizantes são medicamentos indicados para tratar ou prevenir problemas de saúde. Enquanto os suplementos podem ser receitados por médicos e nutricionistas, a prescrição dos anabolizantes é de exclusividade do médico.
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Como os hormônios dos anabolizantes interferem na formação dos músculos, eles são muitas vezes empregados indevidamente por quem quer ganhar massa muscular. Esse uso irregular aumenta os riscos do desenvolvimento de câncer e de outros problemas de saúde.


Fonte: Bem Estar

Carboidrato à noite: pode ou não?

Você já ouviu de tudo: carboidrato à noite engorda; carboidrato à noite não engorda e ajuda na qualidade do sono. Mas afinal, qual das duas informações é verdadeira? As duas são e não são. Tudo depende dos resultados que você procura e da quantidade (e qualidade) da sua alimentação. Ah, e dos exercícios que você pratica, claro.

A favor dos carboidratos nas refeições noturnas estão nutricionistas que afirmam que a restrição deste nutriente não é recomendada, especialmente para quem dormirá na sequência, enfrentando um longo período de jejum durante o sono. Também não é bom privar-se dos carboidratos depois de fazer atividade física, período que exige mais energia do corpo.
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Alessandra Godoy, consultora de nutrição da Associação Brasileira da Indústria de Massas Alimentícias e Pão & Bolo Industrializados (Abima), explica que, quando a pessoa restringe o carboidrato à noite, diminui o valor calórico total que consome ao longo do dia e este fator a faz, sim, emagrecer. Contudo, esta diminuição é, na maior parte das vezes, resultado da perda de água. Ao retomar a rotina alimentar, o sujeito ganha facilmente o peso perdido.

— O ideal é fazer uma reeducação alimentar, pois ao diminuir proporcionalmente os grupos de alimentos, a perda de peso e de gordura tende a ser permanente — completa.

A nutricionista diz ainda que não há comprovação científica de que a restrição aos carboidratos seja benéfica ao organismo. O correto é consumir todos os tipos de alimentos em quantidade adequada, sem abusos, para não prejudicar o sono e as demais funções orgânicas. O ganho de peso não está relacionado somente ao carboidrato consumido à noite.

— Os verdadeiros responsáveis são a ingestão exagerada de calorias, a alimentação desequilibrada e o sedentarismo. Ou seja, além de não ter nenhuma vantagem relacionada ao emagrecimento, ainda há o risco de ter dor de cabeça, irritação e tontura, se a restrição for muito severa.

Há quem já tenha comprovado na silhueta os efeitos do corte de carboidratos à noite. Esta é uma das três principais regras de uma dieta que conquistou muitos famosos, criada pelo cardiologista americano Bill Gavin, que tem autoridade para defender esse jeito de perder peso. A Dieta das Três Regras, cujos princípios estão presentes no livro Nada Branco à Noite, fez seu autor perder 20 quilos e, mais importante, manter o peso depois do sacrifício.

Depois de frequentar a lista dos mais vendidos nos Estados Unidos durante um tempo, a obra foi lançada no Brasil pela editora Best Seller. Uma das premissas é justamente a supressão dos carboidratos à noite, o que permite a ingestão de alguns alimentos mais calóricos ao longo do dia. As outras duas regras inquebráveis de Gavin são o mínimo de três refeições ao dia, obrigatoriamente, e a inclusão de proteína magra em todas as refeições.

Fonte: Revista Donna

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Leite: tomar ou não tomar?

Enquanto as pesquisas apontam para todos os lados, o consumidor se sente perdido na hora de incluir ou não o alimento na dieta


Maior fonte de nutrientes nos primeiros meses de vida, símbolo de uma infância saudável e de uma velhice sadia, o leite durante muito tempo foi considerado parceiro fundamental de uma dieta balanceada.

Nos últimos anos, entretanto, o homem parece não estar muito certo do papel que este alimento tem em sua vida. Cercado de mitos, acusado de ser desnecessário e prejudicial em algumas situações, com denúncias de fraude envolvendo sua qualidade, o leite parece estar sub judice de um verdadeiro “tribunal científico”.

Enquanto as pesquisas apontam para todos os lados, o consumidor se sente perdido na hora de optar por incluir ou não o alimento na dieta.


Veja os principais argumentos de cada lado:

Contra:

Estudos recentes que relacionam o consumo de leite com diversas doenças — que vão desde alergias ao desenvolvimento do câncer de mama e de próstata – são os principais argumentos de especialistas e consumidores que defendem a restrição ou até a eliminação da bebida do cardápio.

Conforme o nutricionista e farmacêutico Gabriel de Carvalho, introdutor da nutrição funcional no Brasil, enquanto o leite materno é um alimento completo e importante na formação da massa óssea de crianças, o leite de vaca não apresenta os mesmos benefícios, e, segundo sua experiência clínica, está associado a distúrbios em diversas partes do corpo.

— Faço testes com todos os meus pacientes e, para a maioria, recomendo eliminar o leite do cardápio. Isso não é um modismo, é o resultado de novas descobertas científicas que promovem mudanças no comportamento alimentar. Infelizmente, o leite faz mal para muitas pessoas — relata.

Estudos indicam que cerca de 70% da população brasileira apresenta algum tipo de intolerância ao açúcar do leite. Isso ocorre pela redução na atividade da lactase, a enzima que digere esse açúcar e que se dá, na maioria das vezes, com o avanço da idade.

Como consequência, as pessoas que consomem leite e seus derivados apresentam sintomas como enjoo, inchaço abdominal e problemas digestivos.

Não tão debatida mas até mais comum que a intolerância à lactose, está a hipersensibilidade, ou alergia tardia às proteínas do leite. Para a nutricionista Denise Carreiro, autora de livros sobre o tema, o organismo humano tem dificuldade de digerir algumas proteínas da bebida, em especial a betalactoglobulina e a caseína, o que pode gerar, com o consumo constante do alimento, processos inflamatórios e doenças que, logo de cara, nem pensamos em relacionar com o leite.

— As proteínas do leite de vaca podem causar rinite, bronquite, alergias de pele e ainda outros distúrbios como agitação, ansiedade e depressão. Não existem exames bioquímicos no Brasil que avaliem esse tipo de alergia tardia aos alimentos — comenta a especialista.

A favor

Para a nutricionista Tatiana Maraschin, chefe da Seção de Nutrição Clínica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, a recomendação de retirar o leite do cardápio de todos não é apropriada, já que a bebida tem propriedades muito importantes para a alimentação, e só deve ser excluída da dieta em casos específicos.

A especialista explica que, apesar de a porcentagem de intolerantes chamar a atenção, os números não têm aumentado ao longo do tempo:

— Cada vez tem se estudado mais sobre o assunto, e os exames para detectar a intolerância têm ficado mais acessíveis, por isso os números chamam a atenção. Mas existem diversos graus de intolerância, e muitas pessoas, mesmo que apresentem esse quadro, podem seguir consumindo determinadas quantidades de lactose, seja do leite ou de seus derivados. Elas podem, inclusive, optar por consumir um leite com baixa lactose. O principal é garantir a ingestão e absorção corretas de cálcio em cada faixa etária.

Tatiana ressalta que o câncer é multifatorial e associá-lo ao consumo de leite é uma simplificação. Sua posição é reforçada pela nutricionista Maria Terezinha Oscar Govinatzki, presidente do Sindicato dos Nutricionistas no Rio Grande do Sul. Segundo a especialista, a importância do leite não está somente na alta quantidade de cálcio que contém — fundamental para manter a massa óssea do corpo e evitar doenças como a osteoporose na fase adulta —, mas sim na biodisponibilidade deste componente, ou seja, no quanto a pessoa consegue absorvê-lo do alimento.

— O leite é um alimento completo, rico em nutrientes essenciais com enorme número de estudos científicos e epidemiológicos que comprovam o seu benefício para todas as faixas etárias. Ele protege o organismo prevenindo uma série de patologias comprovadamente — resume Maria Terezinha.

Fonte: ZH Vida