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segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Ser vegetariano é uma opção de vida e de saúde, mas implica alguns cuidados

Ao deixar de fora da dieta ovos, leites e queijos, eliminam-se grandes fontes de proteína e aumentam os riscos de deficiên­cia em ferro e vitamina B12

Vegetariano é a pessoa que não come carne bovina, peixe, aves ou qualquer produto de origem animal. As razões para adotar esse tipo de alimentação são diversas, incluindo a preo­cupação com a saúde, com os animais, com o ambiente e a fome no mundo. Segundo a nutricionista Renata Rudoi Schwartz, a dieta dos vegetarianos inclui os mais variados grãos, cereais, legumes e hortaliças, além de soja e, em alguns casos, ovos.

– Trata-se de uma opção saudável e nutritiva de alimentação – garante Renata.

No entanto, há vegetarianos muito restritivos, conhecidos como “vegans”, que, ao deixar de fora da dieta ovos, leites e queijos, eliminam grandes fontes de proteína e aumentam os riscos de deficiên­cia em ferro e vitamina B12. Para esse grupo, Renata recomenda exames periódicos para acompanhar os riscos de anemia.

– É uma questão de cuidado nutricional e de combinação de nutrientes, pois não é uma dieta necessariamente prejudicial à saúde – revela.

Renata faz um alerta importante: muitas pessoas que estão se tornando vegetarianas não consomem uma boa variedade de vegetais.

– Além disso, elas incluem doses generosas de ce­reais refinados, doces e outras fontes de carboidrato que não correspondem a um perfil saudável – diz.

Segundo Renata, em qualquer dos casos é essencial incluir a soja na dieta:

– Muitos não gostam de soja, mas não imaginam a variedade de temperos e formas de trabalhar esse alimento que podem deixá-lo bem mais saboroso.

Ser vegetariano virou uma filosofia de vida, mas é importante ser saudável também.

– Deixar de comer carne é possível se a pessoa investir na soja e em grãos proteicos como feijões, lentilha, grão de bico, acompanhados de cereais como arroz, trigo e produtos feitos a partir destes. Quanto mais integral, melhor – aconselha.

Com esses cuidados, pode-se ter uma dieta vegetariana mantendo um corpo saudável e disposto.

Os seis tipos de dietas vegetarianas

A dieta vegetariana é cheia de possibilidades, desde que haja informação e criatividade para o preparo dos alimentos. Resumidamente, existem seis formas de dietas vegetarianas, classificadas de acordo com os tipos de alimentos que são consumidos. Confira abaixo os produtos de origem animal que não entram na alimentação de cada uma:

:: Semivegetarianismo: a dieta semivegetariana diferente das demais dietas vegetarianas por excluir apenas a carne de mamíferos e abranger as carnes brancas. Exclui também a carne de aves, mas inclui peixes e/ou frutos-do-mar (pescetarianismo).

:: Ovolactovegarianismo: dieta composta por alimentos de origem vegetal, ovos, leite e derivados deles. Nessa dieta só há a exclusão de qualquer tipo de carne da alimentação.

:: Lactovegetarianismo: dieta composta por alimentos de origem vegetal, leite e seus derivados. Os que a seguem não comem ovos nem qualquer tipo de carne. Essa é a dieta tradicional da população indiana.

:: Ovovegetarianismo: composta apenas por alimentos de origem vegetal e ovos. Exclui produtos lácteos e seus derivados e carne.

:: Vegetarianismo Semiestrito: exclui quase todos os alimentos de origem animal, abrangendo somente o mel.

:: Vegetarianismo Estrito: também chamado de vegetarianismo verdadeiro ou vegano, exclui todos os produtos de origem animal. Vegetarianos estritos não comem qualquer tipo de carne, ovos, laticínios, frutos do mar, mel, etc.

Fonte: Vida

Dicas de como manter uma alimentação saudável nas férias

Mesmo sem seguir muitas regras, é possível aproveitar as delícias do verão sem grandes prejuízos para a saúde.


Não precisar seguir a agenda de compromissos e tarefas que temos durante todo o ano é um dos grandes prazeres de estar em férias. Não ter horário para dormir, acordar ou comer é comum neste período e até ajuda a mente a descansar para enfrentar melhor o trabalho ou os estudos que nos esperam na volta.

Mas a ausência de rotina, especialmente quando falamos de alimentação, pode acabar prejudicando a saúde. Refeições desregradas, sem horários definidos, pobres em nutrientes e normalmente acompanhadas de bebidas alcoólicas, são mais comuns nas férias e trazem consequências ruins para o organismo, pois não damos a ele o tempo necessário para se refazer dos excessos.

— Exemplificando com a bebida alcoólica: quem bebe hoje e só beberá novamente depois de quatro ou cinco dias, alimentando-se bem neste intervalo, terá minimizado o efeito do álcool. Mas quem ingere bebidas alcoólicas diariamente não permite que o corpo elimine as toxinas, perde nutrientes em maior quantidade e altera as enzimas hepáticas, o que pode comprometer o organismo — explica a nutricionista Lenice Zarth Carvalho.

Portanto, a recomendação é organizar, pelo menos um pouco, a rotina e a alimentação também nos momentos de descanso. Ninguém precisa deixar de aproveitar as férias e tudo de bom que ela oferece, mas é importante lembrar que o organismo precisa de um tempo para se recuperar. Tudo depende da forma e da frequência com que a alimentação é desequilibrada.

Como organizar a alimentação nas férias

Com um pouco disciplina é possível aproveitar as delícias gastronômicas do verão sem grandes prejuízos para a saúde. Mesmo que as condições não sejam as ideais, a adoção de alguns hábitos simples podem fazer toda a diferença. A nutricionista Lenice Zarth Carvalho dá algumas sugestões.

No fim de semana
— Coma o que estiver disponível nas refeições sociais, mas coma pouco

— Faça sempre um lanche antes de ir a um churrasco. Essas refeições normalmente atrasam e você comerá demais por fome demasiada. Coma também antes de sair para uma festa ou apenas para dançar. Depois de um tempo, a fome aparecerá, e você conseguirá se manter bem comendo menos

— Beba com moderação, sempre depois de comer

— Beba água intercalada com bebidas alcoólicas. Não mate a sede com álcool

— Nos intervalos das refeições, coma frutas que satisfazem e reidratam

— O fígado necessita de vários nutrientes para se desintoxicar, normalmente encontrados em frutas e vegetais, principalmente os verdes escuros. Consuma-os sempre que possível

— Naquelas refeições onde cada pessoa contribui com um prato, aproveite para levar saladas especiais e/ou frutas. Muitos não querem ter o trabalho de preparar, mas se estiverem disponíveis, todos consomem

— Se você costuma ficar na praia durante todo o dia, faça um lanche reforçado no final da tarde. Aqui vale um bom sanduiche integral, um wrap ou ainda um açaí completo com granola e frutas

— Não tome sucos durante o dia, prefira água. Suco pode ser ingerido no café da manhã

— Faça um bom café da manhã com suco, frutas, pão integral, queijo e/ou ovos. Você se manterá bem na praia sem ter que sucumbir a frituras e sorvetes

Durante a semana:
— Evite as bebidas alcoólicas, dê uma trégua para o fígado

— Lembre-se de beber oito copos de água todos os dias

— Na segunda-feira, faça um almoço vegetariano: saladas, vegetais cozidos, arroz e grãos. A refeição fica completa e a digestão é mais fácil

— Evite farináceos refinados como lanches. Prefira algumas castanhas, chocolate 70% de cacau, frutas frescas ou frutas secas com moderação. Assim você mantém sua glicemia mais baixa

— Evite comer carne vermelha diariamente. Duas vezes por semana é o suficiente

— Evite jantares pesados. Prefira saladas completas com proteínas como queijos, ovos ou peixes. Só inclua carboidratos se você treina no final da tarde

— Dispense alimentos gordurosos como frituras, molhos a base de nata ou queijo, sorvetes cremosos e croissants

— De preferência para guarnições caseiras como arroz integral, batata, aipim, polenta e mandioquinha, evitando lasanhas, quiches, raviólis e outras massas que vêm acrescidas de molhos pesados

— Procure ingerir frutas ou vegetais em todas as refeições para desintoxicar

— Evite cafés e refrigerantes em excesso

Fonte: Vida