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sábado, 31 de janeiro de 2015

Colesterol alto entre 35 e 55 anos pode elevar risco de doenças cardíacas

Segundo o estudo, a cada década de colesterol alto, a chances de doenças cardíacas aumentam em 39%.
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Cientistas do Duke Translational Medicine Institute descobriram que mesmo níveis ligeiramente elevados de colesterol em pessoas com idades entre 35 e 55 anos podem ter impactos de longo prazo sobre a saúde cardíaca. Segundo o estudo, a cada década de colesterol alto, a chances de doenças cardíacas aumentam 39%.

Os resultados foram publicados na revista American Heart Association Circulation.

— A forma como cuidamos de nossos vasos sanguíneos aos 20, 30 e 40 anos é a base para uma doença se apresentar mais tarde em nossas vidas. Se esperarmos até os 50 ou 60 anos para pensar sobre a prevenção da doença cardiovascular, pode ser tarde demais — explica a autora principal do estudo, Ann Marie Navar-Boggan.

No estudo, foram examinados dados de 1.478 adultos que estavam livres de doença cardíaca aos 55 anos. Eles foram acompanhados por até 20 anos parar ver como os níveis de colesterol afetavam o risco de doença cardíaca.

Aos 55 anos, cerca de 40% dos participantes tinham, há pelo menos 10 anos, níveis elevados de colesterol. Ao longo dos 15 anos seguintes, o risco de doença cardíaca foi de 16,5% — uma chance quase quatro vezes maior do que a de 4,4% constatada entre aqueles que não tinham colesterol alto.

— Nunca é cedo demais para jovens adultos falarem com seus médicos sobre maneiras de cuidar da saúde do coração, com foco na dieta e exercício — disse Navar-Boggan.


Fonte: Bem-Estar

Panturrilhas são nosso segundo coração

Aquelas famosas dores por falta de circulação podem significar que os músculos das pernas não estão sendo exercitados o suficiente.
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Imagine o esforço que nosso corpo faz para bombear sangue do coração para todo o corpo. Das artérias grandes vai para as extremidades em que o tamanho vão diminuindo até que apenas uma hemácia passe, faço o caminho de volta, se reencontre com as outras e retorne, contrariando a força da gravidade, ao coração.

Agora, imagine a força sobrenatural que as artérias precisam fazer para o sangue circular quando encontram bloqueios como as varizes - que nada mais é do que o sangue represado nas veias - e aquela massa de gordura no abdômen. Pois é mais ou menos assim que as coisas funcionam. Quem ajuda o coração nesse processo pode garantir uma vida sem doenças cardiovasculares e com muito mais qualidade.

Sabe como dar adeus aquele desconforto nas pernas que muita gente por aí diz que é em função da má circulação sanguínea? Botando as panturrilhas para trabalhar. Qualquer exercício que faça a contração e o relaxamento dos músculos das pernas bombear o sangue de volta para o coração com mais força.

– Podemos considerar as panturrilhas nosso segundo coração porque ao movimentá-las a musculatura comprimirá as veias da perna e facilitará o retorno do sangue ao coração. Correr, caminhar e andar de bicicleta são bons exemplos que melhoram a circulação e evitam problemas como as varizes – explica Rafael Reimann Baptista, professor de Educação Física da PUCRS.

Com envelhecimento vem a perda de massa muscular. Ou seja, as panturrilhas vão enfraquecendo e, por consequência, o sangue vai circulando com mais dificuldade. A regra é clara, nesse caso: sem exercício, o declínio da massa muscular vai acontecer de forma mais rápida ainda.

Quem se preocupa com a panturrilha tanto quando com o coração garante força para três coisas que, na terceira idade, podem ficar mais difíceis: caminhar, se equilibrar e ficar parado em pé.

Para melhorar o retorno venoso, segundo Rui Moraes cardiologista do Hospital de Clínicas de Porto Alegre e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, é preciso evitar ficar muito tempo em pé - para não dificultar a subida do sangue - ou muito tempo sentado. As dobras dessa posição fazem as veias dilatarem e fazerem mais pressão para bombear o sangue de volta ao coração. Quando chega no abdômen, o sangue enfrenta a dificuldade de passar pela gordura e pressiona ainda mais as veias. A dor, a partir disso, é uma consequência,

– A obesidade e o sedentarismo são um crime que cometemos contra nossa saúde. São os exercícios que vão liberar a passagem do sangue sem necessidade de aumentar a pressão ou fazer as válvulas do bombeamento perderem a capacidade. Fortalecer as panturrilhas melhora muito a saúde cardiovascular – explica o médico.

Quem faz exercícios diários que movimentam os músculos da panturrilha e têm uma alimentação balanceada está fazendo a sua parte. O educador físico diz que, mesmo assim, sedentários e pessoas fisicamente ativas que ficam muito tempo na mesma posição podem dedicar alguns poucos minutos para um exercício simples que vai fazer a panturrilha trabalhar melhor:

– Apoiado em uma mesa ou na guarda de uma cadeira, basta ficar na ponta do pé e voltar à posição inicial algumas vezes, seja no escritório ou em casa, sem sapato alto. Esse movimento vai ativar a panturrilha imediatamente.

Mas não pense que fazer esse leve esforço vai manter a sangue circulando melhor. Exercícios regulares são mais do que necessários. O movimento vai apenas ajudar quem ficou muito tempo sentado ou de pé. Para o cardiologista, caminhar é bom, mas caminhar em um plano inclinado é melhor ainda.

– Caminhar num plano reto é ótimo, mas subir uma lomba, por exemplo, fará a panturrilha trabalhar ainda melhor. Quem tem condições de colocar esse desafio na sua rotina vai ter ainda mais benefícios. A flexão do pé, nesse momento inclinatório, é extremamente eficiente.

Na dúvida, comece agora com aquele movimento simples e coloque a caminhada como parte dos planos da semana.


Fonte: Vida e Estilo