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terça-feira, 31 de maio de 2016

Estudo alerta para o risco de aquecer o adoçante sucralose

Um estudo feito na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) revelou que o adoçante artificial sucralose – o mais consumido no mundo e, até agora, considerado pelas agências sanitárias o mais seguro – pode se tornar instável e liberar compostos potencialmente tóxicos ao ser aquecido a 98 ºC.
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Os resultados do estudo, apoiado pela FAPESP, foram publicados na revista Scientific Reports, do grupo Nature.

“Trabalhos anteriores haviam mostrado que a sucralose se degrada em altas temperaturas – não usuais no dia a dia. Porém, observamos que isso também ocorre a 98 ºC, calor facilmente atingível durante o preparo de alimentos. Foi uma surpresa”, disse Rodrigo Ramos Catharino, professor na Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) e coordenador do Laboratório Innovare de Biomarcadores da Unicamp.

A sucralose é uma substância criada em laboratório a partir da modificação química da molécula de sacarose, o açúcar de mesa.

À estrutura original são acrescentados três átomos de cloro, o que aumenta em 400 vezes o dulçor e impede a sucralose de se decompor durante a digestão e de ser usada como fonte de energia pelo organismo.

Seu uso é liberado sem restrições pelos principais órgãos de segurança alimentar no mundo, incluindo o Food and Drug Administration (FDA), dos Estados Unidos, o Joint Expert Committee on Food Additivies (JECFA), da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), no Brasil.

Porém, ao aquecer a substância em banho-maria por cerca de 2 minutos, os pesquisadores da Unicamp notaram a liberação de compostos organoclorados tanto no gás proveniente da fervura como na fase sólida, ou seja, no caramelo que se formou após a fusão da sucralose.

Essa classe de compostos é considerada potencialmente tóxica e tem efeito cumulativo no organismo.

As análises foram feitas com auxílio de técnicas como termogravimetria, espectrometria de massas e espectroscopia no infravermelho.

“No gás, observamos a presença de ácido clorídrico, que pode ser irritante se inalado. Na fase sólida, encontramos hidrocarbonetos policíclicos aromáticos clorados (HPACs), uma classe de substâncias recentemente descoberta, sobre a qual se sabe muito pouco”, disse Catharino.

Segundo o pesquisador, o efeito mutagênico e carcinogênico de compostos correlatos aos HPACs, como os HPAs (hidrocarbonetos policíclicos aromáticos), já está bem estabelecido na literatura científica.

As principais fontes de exposição a esses mutagênicos são a poluição ambiental proveniente da queima de combustíveis fósseis e o cigarro.

 “São necessários novos estudos para avaliar os efeitos dos HPACs no organismo humano. Mas é bem provável que, por causa da presença de átomos de cloro nas moléculas, elas sejam ainda mais reativas que os HPAs clássicos”, disse.

Doce risco

As análises que deram origem ao artigo foram feitas durante o doutorado de Diogo Noin de Oliveira, no âmbito de um Projeto Temático dedicado a investigar disfunções mitocondriais e processos metabólicos associados a doenças como diabetes, obesidade e dislipidemia – "Metabolismo energético, estado redox e funcionalidade mitocondrial na morte celular e em desordens cardiometabólicas e neurodegenerativas".

“Decidimos estudar os adoçantes por serem produtos muito usados por portadores dessas doenças. Começamos pela sucralose, o mais consumido de todos. Como temos a intenção de usar a substância em experimentos com animais, na formulação de ração, achamos melhor antes caracterizar o produto e fazer testes de estabilidade”, contou Catharino.

Uma das principais formas de se medir a estabilidade de um composto, explicou o pesquisador, é aquecê-lo.

No experimento feito em laboratório, foi usada a sucralose comercial pura – a mesma empregada pela indústria farmacêutica e alimentícia no preparo de seus produtos.

“É um pouco diferente da sucralose encontrada nas gôndolas dos supermercados, que vem misturada com outros aditivos para ganhar corpo. Se esses aditivos protegem a sucralose da degradação pelo aquecimento ou se potencializam o efeito tóxico do adoçante é algo que ainda não sabemos. Precisa ser estudado”, explicou o pesquisador.

Na próxima etapa da pesquisa, o grupo pretende testar o efeito do caramelo formado pela fusão da sucralose em culturas de células humanas e em experimentos com camundongos.

Além disso, os cientistas intencionam verificar se, ao ser aquecida junto com alimentos, a sucralose também se degrada e libera compostos organoclorados.

Entre os passos futuros está ainda a análise da estabilidade e dos subprodutos gerados pela degradação de outras classes de adoçantes artificiais.

Em um estudo publicado em 2012 na revista Food Chemistry, o grupo mostrou que a estévia – adoçante natural extraído da plantaStevia rebaudiana – torna-se instável em contato com alimentos ácidos, como refrigerante ou café, liberando glicose e também um esteviol com potencial efeito cancerígeno e abortivo.

“É importante frisar que nosso objetivo não é prejudicar os produtores desses produtos ou a indústria de alimentos e sim alertar o consumidor para que faça um uso consciente”, disse Catharino.

O artigo Thermal degradation of sucralose: a combination of analytical methods to determine stability and chlorinated byproducts(doi:10.1038/srep09598), de Diogo N. de Oliveira, Maico de Menezes e Rodrigo R. Catharino, pode ser lido em www.nature.com/articles/srep09598. 


Fonte: Exame

quarta-feira, 25 de maio de 2016

Substituir embutidos corta conservantes e sódio da alimentação

Bacon, presunto, salame, salsicha, peito de peru (sim, até estes embutidos vendidos como “saudáveis”), são carnes processadas, que levam sal e aditivos para serem conservadas e realçar sabor.
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Os embutidos existem há centenas de anos, quando se tinha pouca condição de conservar a carne. Hoje, temos geladeira!

Além disso, os embutidos costumam levar as partes piores da carne. O aditivo ajuda a mascarar o sabor e deixar mais agradável ao paladar. Além disso, são entupidos de sódio. E açúcares…

Em outubro de 2015, a Organização Mundial da Saúde colocou estes alimentos na categoria com maior risco de provocar câncer. A mesma onde fica o fumo e o amianto.

O relatório da OMS aponta que a ingestão diária de 50 gramas de carne processada – menos de duas fatias de bacon – aumenta em 18% o risco de desenvolver câncer no intestino, estômago e reto.

Nitritos e nitratos: São os vilões dos embutidos. São usados para conservar o alimento e dão aquela cor rosada. Vários estudos apontam estes aditivos como cancerígenos.

O bom é comer carne, que venha “só com carne” nos ingredientes. Dá uma olhadinha na lista de ingredientes antes de comprar. Principalmente, nos “peitos de peru”, “blanquet”, “mortadelas de frango”…

Comer embutidos às vezes (mas bem às vezes) não “dá câncer”. O problema é comer todo dia. Ou então, consumir presunto no café da manhã, bacon no almoço, peito de peru na janta…

Vamos substituir? Confira dicas da nutricionista Rita Lamas:

- Assar ou cozinhar carne. Desfiar ou cortar em fatias e usar no sanduíche.
- Ovos! Mexidos, cozidos, em omelete…
- Sardinha ou atum
- Frango picado ou desfiado
- Até mesmo o resto do churrasco picado ou fatiado
- “Patê natural”: frango desfiado, creme de ricota e orégano

Fonte: Lado Natureba

Como baixar a pressão arterial naturalmente? Conheça cinco formas comprovadas pela ciência

Os riscos que a pressão alta traz ao organismo são graves. Quem sofre com o problema precisa de acompanhamento médico. A hipertensão arterial indica que o sangue encontrou dificuldade para chegar aos órgãos. A doença é um fator determinante para as duas principais causas de morte no mundo: os problemas cardiovasculares e o acidente vascular cerebral (AVC).
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Em geral, a pressão é considerada alta quando passa de 12 por 8. Cigarro, álcool, sedentarismo e obesidade são os principais fatores de risco do problema. Portanto, deixar os maus hábitos de lado, melhorar a alimentação e ter uma vida mais ativa são atitudes fundamentais para manter a pressão arterial equilibrada.

Alguns estudos indicam hábitos que podem ajudar a manter a pressão regulada (sem distanciar-se do acompanhamento médico, claro). Conheça alguns deles:

1. Incluir mais proteínas e fibras na dieta
Pessoas que comem uma média de 100 gramas de proteína magra por dia têm 40% menos risco de hipertensão. Foi o que comprovou um grupo de pesquisadores da Universidade de Boston, nos Estados Unidos. Durante 11 anos, participantes tiveram a alimentação e a pressão analisadas pelos médicos que coordenaram o estudo. Os resultados mostraram que quem tinha uma dieta rica em proteínas conseguiu diminuir a pressão.

A epidemiologista Lynn Moore, professora de Medicina da universidade, explicou que os efeitos positivos de uma dieta rica em proteína foram notados tanto em obesos quanto em pessoas que estavam dentro do peso ideal. Ela observou que os participantes que consumiam mais fibras tinham 60% mais chances de manter a pressão em níveis normais.

2. Fazer exercícios leves
Um estudo feito no Laboratório de Fisiopatologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre mostrou que praticar exercícios físicos leves pode ajudar a diminuir a pressão arterial em pacientes com hipertensão resistente – caso de quem tem de tomar ao menos três medicamentos pode dia para controlar o problema.

Na pesquisa, 20 pacientes sedentários diagnosticados com hipertensão realizaram duas sessões de exercícios em bicicleta ergométrica – uma leve e outra um pouco mais rápida. Após a atividade, a pressão foi medida a cada 15 minutos, por 22 horas. Os números foram comparados a medições feitas em um dia sem atividade registrada.

Os dois tipos de exercícios trouxeram efeitos positivos para o organismo dos participantes, mas a atividade mais leve conseguiu reduzir a pressão ao longo de todo o dia e até durante o sono.

3. Adotar os probióticos no dia a dia
Quando os pesquisadores da Escola de Medicina da Griffith University, na Austrália, estudavam o consumo de probióticos - microorganismos vivos que trazem benefícios à saúde de quem os hospeda, muito presente em iogurtes -, descobriram que eles podem diminuir a pressão arterial. Participaram do estudo 543 adultos com pressão arterial normal e alta e o consumo de probióticos teve efeito positivo na saúde de todos eles: quem estava com medidas normais da pressão conseguiu manter os níveis e quem tinha hipertensão apresentou melhora no fluxo sanguíneo.
 
- A pesquisa mostra que o consumo regular de probióticos deve fazer parte de um estilo de vida saudável, uma vez que ajuda a regular a pressão do sangue – explicou Jing Sun, líder do estudo.

Além dos resultados positivos na pressão arterial, os pesquisadores também mostraram que os probióticos diminuem os níveis de glicose no sangue e ajudam a regular o sistema hormonal.

4. Comer mirtilos
Um estudo desenvolvido na Universidade da Flórida, nos Estados Unidos, descobriu que o mirtilo, também conhecido como blueberry, pode diminuir a pressão arterial, tanto a sistólica quando a diastólica. A fruta é conhecida por ser rica em antioxidantes, portanto também pode proteger o organismo contra o câncer.

Os pesquisadores estudaram o comportamento de 48 mulheres por oito semanas. Elas foram divididas em dois grupos: um sofria de hipertensão e o outro não. Elas tiveram de consumir mirtilos todos os dias, mas de forma randômica. Quando um grupo comia a fruta, o outro não. A medida utilizada foi uma xícara da fruta fresca por dia ou uma colher de sopa do pó de mirtilo. O resultado da pesquisa mostrou que a pressão arterial sistólica caiu em 5,1% e a distólica 6,3% quando a fruta passou a fazer parte da dieta.

5. Beber suco de beterraba
Pessoas com hipertensão que beberam um copo de suco de beterraba experimentaram uma diminuição da pressão arterial de cerca de 10 mm Hg. O teste foi feito por pesquisadores da Associação Americana do Coração e publicado na revista científica Hypertension. Participaram do estudo oito mulheres e sete homens com pressão arterial de cerca de 14 x 15 mm Hg e o resultado positivo se manteve por 24 horas no organismo de quem consumiu a bebida.

De acordo com os pesquisadores, o suco do vegetal é rico em óxido nítrico, responsável por alargar os vasos sanguíneos e o fluxo de sangue.

Fonte: Vida e Estilo

terça-feira, 17 de maio de 2016

Atividade física regular reduz risco de 13 tipos de câncer

Praticar atividades físicas regularmente reduz o risco de desenvolver 13 tipos de câncer, segundo um estudo publicado nesta segunda-feira na revista da Associação Médica Americana (JAMA).
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- Nossos resultados mostram que a relação entre exercício e redução do risco de câncer pode ser generalizada em diferentes grupos de pessoas, incluindo aquelas com sobrepeso e as que foram fumantes - explicou Steven Moore, autor principal do estudo.

Estima-se que 51% dos adultos nos Estados Unidos e 31% no mundo não fazem o mínimo de exercício físico recomendado para estar em boas condições de saúde, destacam os autores da pesquisa, membros do Instituto Nacional do Câncer.

As atividades às que o estudo se refere são caminhar, correr, nadar ou pedalar, em um ritmo que pode ir de pausado a intenso durante 150 minutos por semana.

Os autores do estudo trabalharam com dados provenientes de 1,44 milhão de pessoas de entre 19 e 98 anos nos Estados Unidos e Europa. Os participantes foram acompanhados durante em média 11 anos, período durante o qual 187 mil novos casos de câncer foram diagnosticados.

O estudo não só confirmou a relação entre atividade física e redução do risco de câncer de cólon, de mama e de endométrio, já comprovada por pesquisas anteriores, mas também revelou esse vínculo em outros dez tipos da doença.

Os pesquisadores quantificaram, ainda, a redução do risco para os seguintes tipos de câncer: esôfago (-42%), fígado (-27%), pulmão (-26%), rim (-23%), estômago (-22%), endométrio (-21%), sangue (-20%), cólon (-16%) e mama (-10%), entre outros.

Na maioria dos casos, a relação entre atividade física e redução do risco de câncer se manteve independente do peso da pessoa e se ela era fumante ou não. Para o total de tumores, a diminuição do risco em consequência do exercício foi de 7%.

Por outro lado, as atividades físicas foram relacionadas com um aumento de 5% do risco de câncer de próstata e de 27% de melanoma, um câncer agressivo da pele, principalmente nas regiões mais ensolaradas dos Estados Unidos.

Fonte: ZH Vida

segunda-feira, 16 de maio de 2016

Entenda por que o ovo pode ser considerado um superalimento

Um alimento que viveu altos e baixos ao longo dos anos, chegou a ser rotulado como o grande inimigo da alimentação e, há mais de 10 anos, foi absolvido. Hoje, o ovo alçou o status de superalimento e passou a ser considerado um "comprimido" de nutrientes em um invólucro 100% natural. Não é à toa: dentro da casca frágil estão guardados proteínas, ferro, zinco e vitaminas A, B12, B2, B5, D e E.
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- Ele tem todos os nutrientes necessários para formar uma nova vida, por isso é realmente muito completo - garante o nutricionista Gabriel Carvalho.

Outros pontos positivos são o baixo índice glicêmico e a ausência de carboidratos. A combinação de proteínas e gorduras garante a saciedade.

- A proteína do ovo é a mais biodisponível para o nosso organismo, ou seja, é a que tem melhor perfil de absorção. A gema é rica em compostos bioativos e antioxidantes. Nela, está a colina, uma vitamina do complexo B muito importante para o sistema nervoso central - ressalta o professor Rafael Longhi, do Centro Universitário Metodista.

Uma das pesquisas cruciais em benefício do ovo foi publicada em 1999. O médico Frank Hu, professor de nutrição na Escola de Saúde Pública de Harvard, nos Estados Unidos, mostrou que não havia correlação entre a ingestão de ovos e o aumento nos problemas de saúde. Na sua pesquisa, Hu acompanhou por 14 anos mais de 117 mil pessoas saudáveis, com idades entre 40 e 75 anos (homens) e 34 e 59 anos (mulheres) e concluiu que o consumo diário de um ovo não traria impacto sobre o risco de doença cardíaca coronária ou acidente vascular cerebral entre homens e mulheres saudáveis.

Com a ciência dando parecer mais favorável, a indústria avícola passou a investir em campanhas para chamar a atenção dos consumidores para os benefícios do alimento. No Rio Grande do Sul, um projeto da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav) criado em 2013 impulsionou as vendas. Intitulado Ovos RS, o selo passou a disseminar informações para a população e também para os produtores, fazendo do Estado um dos maiores consumidores de ovos do Brasil, com 227 unidades per capita por ano.

Com mais procura, indústrias e produtores se mobilizaram para inovar. Buscaram trazer tendências de outros países para o mercado brasileiro. A partir daí, passaram a surgir nas prateleiras dos supermercados e lojas especializadas ovos enriquecidos, líquidos e até mesmo a proteína do ovo em pó.

Seguindo o mercado internacional, as próximas novidades que devem desembarcar por aqui são os ovos com casca colorida e os cozidos, afirma o diretor-executivo da Asgav e embaixador do International Egg Commission no Brasil, José Eduardo Santos.

Fique por dentro do que há no mercado

Tradicionais
As aves são criadas em gaiolas ou aviários chamados de californiano, que não têm telamento.

Caipiras
São produtos de aves criadas soltas, mas com cuidados com a água e a alimentação. Podem ser comparadas com as aves que eram criadas em casa.

Orgânicos
Seguem a mesma lógica dos ovos caipiras, no entanto, há um cuidado maior com a alimentação. Essas aves só recebem alimentos com certificação orgânica.

Gema de ouro
Aves criadas em gaiolas que recebem alimentação balanceada. Sua dieta tem mais milho, que trabalha a parte da pigmentação da gema, e também um produto natural à base de pimentão.

Líquidos
Vendidos em embalagens de um litro, os ovos líquidos são encontrados nas versões gemas, claras ou ovos inteiros. Por passarem por um processo de industrialização, oferecem menos risco de contaminação. Contudo, podem acabar perdendo alguns nutrientes.

- Quanto mais natural for a fonte, melhor é absorvida pelo organismo. Hoje, estão sendo usadas, principalmente as claras. A pergunta que temos de fazer é se as nossas necessidades proteicas são tão altas assim a ponto de justificar o uso do produto. Se isso não irá prejudicar a absorção de outros nutrientes. Temos de lembrar que a clara não possui vitaminas, é apenas uma fonte de proteínas - observa o professor Rafael Longhi, do Centro Universitário Metodista.

Mesmo assim, sua praticidade é uma das principais vantagens.

Enriquecidos com ômega 3 e selênio
São ovos categorizados como especiais, pois trazem mais nutrientes. De acordo com o sócio-proprietário da AgroAvícola Filippsen Raul Filippsen, todo o processo de enriquecimento é feito por meio da alimentação das aves. No caso dos ovos ricos em ômega 3, as galinhas são alimentadas com rações formuladas com alto teor do ácido graxo. O óleo de linhaça é uma dessas fontes.

O mesmo ocorre com o selênio, mineral com alto poder antioxidante e encontrado em abundância na castanha do Pará. Apesar do complemento, é preciso cautela.

- É importante procurar um especialista para avaliar se esses produtos são indicados para si e qual deve ser a dose consumida. No caso do ômega 3, por exemplo, se for exposto a altas temperaturas, pode perder os nutrientes — diz o nutricionista Gabriel de Carvalho.

Albumina
É a principal proteína presente na clara do ovo. Vendida como suplemento alimentar em pó, é indicada pra atletas, pessoas em processo de emagrecimento e crianças em fase de crescimento. Vale lembrar que seu consumo só deve ser feito mediante indicação de um nutricionista.

- É uma proteína de absorção de média a lenta, que pode fornecer todos os aminoácidos de que precisamos - diz Carvalho.

Assim como o suplemento à base de proteína do leite, a albumina pode ser misturada em shakes, preparações como bolos, panquecas, biscoitos etc.

Em pó
Assim como no processo de pasteurização, a exposição ao calor pode fazer com que haja perda de nutrientes. Seria mais indicado pela praticidade.


Cuidado com o exagero
O consumo de até um ovo por dia pode trazer benefícios à saúde. Em situações específicas, como no caso de atletas ou pessoas com alguma patologia, quem deve orientar a quantidade correta é um nutricionista.

Para se obter os benefícios, é preciso que o ovo esteja cozido. Quando cru, pode ser prejudicial.

A gema não deve ser descartada, pois é fonte da maior parte dos nutrientes e metade das proteínas do alimento.


Fonte: ZH Vida

sexta-feira, 13 de maio de 2016

Exercício físico leve pode ser eficaz no controle da pressão arterial

Pesquisa feita pela Hospital de Clínicas de Porto Alegre estudou pacientes com hipertensão resistente
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Sabe-se que exercício físico é um aliado para a perda de peso e também no combate a doenças como hipertensão. Recentemente, um estudo inédito do Laboratório de Fisiopatologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) mostrou que a prática de atividade física também tem efeito imediato na diminuição da pressão arterial em pacientes com hipertensão resistente, que tem como uma das características, o fato de o paciente precisar tomar, no mínimo, três medicamentos para controlá-la. A pesquisa feita na instituição mostrou que, após a finalização da sessão de exercício físico, ocorreu uma diminuição praticamente imediata dos níveis de pressão arterial.

- Estudamos uma parte da população hipertensa que ainda não tinha sido estudada, para entender o efeito imediato do exercício físico - comenta o autor, o educador físico Lucas Santos, aluno de doutorado de Ciências Cardiovasculares da Faculdade de Medicina da UFRGS.

Para chegar no resultado, os pesquisadores recrutaram 20 pacientes sedentários, com o diagnóstico de hipertensão arterial resistente, que participaram de duas sessões de exercício aeróbico em bicicleta ergométrica - uma de intensidade leve e outra de intensidade moderada. Após o exercício, os valores de pressão arterial foram medidos ao longo de 22 horas, com intervalos de medidas a cada 15 minutos, e comparados a um dia sem atividade física.

Ambos os exercícios reduziram os valores de pressão arterial dos participantes até cinco horas após a prática. Porém, a conclusão mais importante foi a de que o efeito do exercício leve provocou redução na pressão arterial ao longo de todo o dia e durante o sono. Até então, a maioria dos estudos atestava somente os benefícios do exercício de intensidade moderada.

- Pensamos que iríamos verificar maior efeito em intensidades mais altas de atividade física, mas parece que as leves podem resultar em melhor benefício - diz o autor, ao contar que ficou surpreso com o resultado.

Os resultados são pioneiros em demonstrar os efeitos benéficos imediatos do exercício aeróbico em pacientes com difícil resposta aos medicamentos. Apesar de a intensidade leve parecer a escolha mais eficaz para maior duração do controle de pressão arterial nestes indivíduos, ainda são necessários mais estudos para comprovar a hipótese.

O resultado da pesquisa foi recentemente aceito para publicação no periódico científico Journal of Hypertension, um dos mais importantes na área.

Fonte: ZH Vida

terça-feira, 3 de maio de 2016

Step, boxe, zumba, kangoo e mais: veja quantas calorias você gasta em cada atividade

Levante a mão aí quem volta e meia perde um treino por conta da correria do dia a dia. Para quem tem pouco tempo disponível para fazer exercícios, vale a pena conferir o gasto calórico de cada modalidade.

- Aquele treino de esteira contínuo de uma hora está cada vez mais obsoleto para fins específicos de emagrecimento - comenta Viviane Rigotti, educadora física e professora na BodyTech, em Porto Alegre.

Confira a seguir o gasto calórico de algumas modalidades:

KANGOO JUMP

De uns anos para cá, o Kangoo Jump tem feito sucesso nas academias e ganhou até estúdios personalizados para a prática do exercício. A atividade é feita com o uso de uma botinha especial desenvolvida com tecnologia suíça para absorver até 80% do impacto do corpo. O equipamento pesa 1,8kg. E só isso já exige bastante esforço, pois é necessário manter o equilíbrio (costas, abdômen etc) para ficar em pé e fazer as coreografias.

- É um exercício muito completo. As mulheres adoram porque define as pernas, os glúteos e o abdômen. Quem coloca um kangoo no pé não tem mais vontade de parar, dá uma sensação de bem-estar muito boa - afirma a professora de educação física Vanessa Barison, responsável técnica do Studio Kangoo.

O que faz sucesso entre as adeptas da prática é a promessa de emagrecimento: são 45 minutos de aula com gasto mínimo de 450 calorias. O número pode chegar até 800 calorias dependendo do metabolismo da pessoa e da intensidade que ela coloca no exercício (quanto mais forte se pula, mantendo a frequência cardíaca, mais calorias gasta). A própria Vanessa, também nutricionista, relata que emagreceu 16 quilos em um ano após começar o kangoo.
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BALÉ FITNESS

Inspirado no balé clássico, o balé fitness mescla exercícios de agachamento, abdominais e flexões. Foi inventado pela bailarina Betina Dantas que, ao ter uma lesão no tornozelo e deixar o balé clássico, não se adaptou à musculação. Esta modalidade usa a dança aliada a repetições para grupos musculares específicos, explica a professora de dança Carol Dalmolin. Trabalha o corpo inteiro, principalmente glúteos, abdômen e lombar. Além disso, o balé fitness melhora a postura, o tônus muscular, a flexibilidade e o equilíbrio. Gasta até 800 calorias em 1 hora de atividade intensa, para quem já está mais avançado. A média são 500 a 600 calorias para quem não tem experiência na prática.
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BOXE COM FUNCIONAL

Exatamente como o nome sugere, as aulas de boxe com funcional misturam elementos das duas categorias para uma aula completa e focada na perda de calorias São trabalhados os movimentos do boxe dentro do circuito funcional com agachamento, musculação e até halteres.

As aulas exigem alto condicionamento físico, mas são adaptadas de acordo com as exigências e faixa etária dos alunos. Exercícios aeróbicos, de força e flexibilidade são combinados.

- Não é preciso ter noções de boxe para participar. São ensinados golpes básicos da luta, mas o intuito da atividade é perda calórica mesmo - diz Bruno Ulguim, da Cia Athletica.

Com duração de uma hora, a aula gasta, em média, de 500 calorias.
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BIKE

Não é a mesma coisa que pedalar na rua ou usar uma bicicleta ergométrica. Chamado de spinning, bike indoor ou indoor cycle, a atividade alterna força e velocidade, com variação da frequência cardíaca e respiratória, durante a aula. Se for feita em alta intensidade, a atividade queima de 500 a 700 calorias por hora.

- Os alunos simulam desde pedaladas em montanhas ou andar em velocidade plana - explica Viviane Rigotti, da BodyTech.

Uma maneira diferente de aproveitar a pedalada é embaixo d’água. Algumas academias oferecem aulas de bike dentro da piscina (hidrobike). A diferença fica por conta da água, que exige mais energia para desempenhar os movimentos, o que torna a prática dos exercícios mais intensa. Além disso, o risco de lesões é menor.
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20 WORKOUT

A atividade batizada de 20 Minute Workout (20 minutos de treinamento) foi criada pelo americano Brett Hoebel, especialista em fitness e ex-treinador do programa americano Biggest Loser. Consiste em sequências de exercício intenso (próximo ao limite), utilizando apenas o peso do corpo. O treino, como o nome indica, tem duração total de 20 minutos.

- O objetivo é melhorar o condicionamento físico e promover um bom gasto calórico durante e também após o treino - conta Felipe Barcelos, da Fórmula, em Porto Alegre.

O gasto médio fica em torno de 233 calorias. E, pelo fato de a atividade ser de alta intensidade, o corpo demora algumas horas para voltar ao seu estado normal. O metabolismo continua acelerado e, desta forma, segue gastando calorias durante o dia.
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TABATA

O Tabata está hoje entre os treinos mais famosos nas academias. Baseado no trabalho do pesquisador japonês Izumi Tabata realizado com patinadores olímpicos, o exercício compreende oito ciclos de 20 segundos de atividade em intensidade máxima, seguidos por 10 segundos de descanso. Um relógio especial faz a contagem do tempo, juntamente ao quadro de exercícios que traz as indicações de posições para aquele dia.

- Se você praticar a atividade com intensidade máxima, pode queimar tanto quanto um treino longo na esteira, mas precisa ser feito em alta intensidade - afirma Felipe.

Se você estiver bem condicionada e realizar os exercícios como o proposto, até a exaustão, a perda calórica em apenas quatro minutos das séries pode ficar em torno de 350 calorias.
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PILOXING

Criado pela dançarina sueca Viveca Jensen em 2009, o piloxing desembarcou nas academias do Brasil não faz muito tempo. A atividade integra movimentos de pilates, dança e boxe. Ajuda a queimar gorduras e tonificar músculos. Famosas como Hilary Duff e Vanessa Hudgens divulgaram que são adeptas. A aula, exclusiva da BodyTech, é hit na Europa e nos Estados Unidos.

Em uma hora de aula, queima, em média, 450 calorias, mas a criadora da técnica afirma que o gasto pode chegar a 1,2 mil calorias se feita de maneira intensa. É recomendado ficar descalço durante a prática do piloxing. Pessoas que tenham algum tipo de restrição cardiovascular ou cardiorrespiratória precisam de avaliação prévia, pois o exercício requer bastante esforço.
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POLE DANCE

Em uma hora de aula, são feitos aquecimentos, exercícios de pole dance e abdominais. O resultado é uma musculatura muito mais tonificada e, de brinde, um up na autoestima. Para 30 minutos, o gasto estimado é de 168 calorias para nível básico ou iniciante. No avançado, de 300 a 500 calorias para uma hora de atividade. Trabalha bastante braços e abdômen.

- No início, a maioria queria fazer mais por causa da sensualidade, agora está buscando mais como atividade física - diz a professora Lidiane Sciascia, do High Heels Pole Training.
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STEP

O exercício é feito com um degrau de borracha ou plástico, que mexe principalmente na região do quadríceps (são os músculos da frente da coxa). As aulas têm 45 minutos de duração e gastam até 300 calorias, segundo o professor Bruno Ulguim, da Cia Athletica. São feitas coreografias em cima e ao redor do degrau.

Movimentos como pular, virar, subir e descer são os mais comuns. A sequência de exercícios melhora a capacidade cardiovascular respiratória e coordenação motora, além, claro, de auxiliar na perda de uns quilinhos.
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ZUMBA FITNESS

Para quem gosta de dança, as aulas de Zumba são uma boa oportunidade para unir o útil ao agradável. O trabalho aeróbico é embalado por ritmos latinos e internacionais. As músicas duram, em média, quatro minutos cada, e os movimentos são inspirados em diferentes estilos de dança: hip hop, flamenco, cumbia, salsa e até dança do ventre.

Mas não é brincadeira: uma hora de exercício pode queimar até 600 calorias. Todas as partes do corpo são trabalhadas, em especial membros inferiores e região abdominal.
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Fonte: Donna