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segunda-feira, 27 de março de 2017

Desequilíbrio entre ingestão alimentar e gasto energético acelera sobrepeso

O excesso de peso e a obesidade estão entre os maiores problemas de saúde pública no mundo. Estima-se, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), que em 2025 tenhamos cerca de 2,3 bilhões de adultos com sobrepeso e mais de 700 milhões obesos. O número de crianças com sobrepeso e obesidade no mundo pode hegar a 75 milhões, caso nada seja feito.

A população brasileira sofre uma transição nutricional na infância, com redução da desnutrição e crescimento do excesso de peso e obesidade. Além disso, mais da metade da população adulta brasileira apresenta excesso de peso. Buscamos constantemente os vilões para o controle deste peso e a redução de percentual de gordura.
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Não existe apenas um vilão. A questão é muito complexa e está relacionada com o estilo de vida, o desequilíbrio entre ingestão alimentar (má qualidade na escolha e combinação dos alimentos) e gasto energético - prática regular de exercício físico. Observa-se redução no consumo de frutas, hortaliças, leguminosas e cereais, e aumento na ingestão de produtos industrializados, processados e ultraprocessados.

A população brasileira possui grande variedade de alimentos e grande consumo de carboidratos ao longo do dia. Nas últimas décadas, preparações mais elaboradas e industrializadas, que antes eram consumidas apenas em dias especiais ou no fim semana, passaram a ser ingeridas durante a semana. Acrescentamos muita gordura (margarina, óleos, manteiga, creme de leite, queijos) através da adição de molhos, cremes e frituras. Além disso, nós aumentamos a quantidade de carboidratos no prato (arroz, batata, pães e farinhas) em todas as refeições.

A associação "bombástica" de carboidratos e gorduras promove pratos de alta densidade energética. O excesso de carboidratos na dieta leva a estímulos constantes à insulina. Após uma refeição rica em carboidratos os níveis de glicose sanguínea se elevam e o corpo tenta reduzir estas concentrações produzindo insulina pelo pâncreas. A insulina acelera o transporte de glicose para os tecidos (cérebro, tecido adiposo, músculo, trato gastrointestinal, rins) reduzindo os níveis glicêmicos.

Estudos demonstram que a alimentação rica em carboidratos e os estímulos elevados e constantes à insulina estão relacionados ao aumento da fome, redução da saciedade, aumento dos triglicerídeos, redução do HDL colesterol, esteatose hepática (gordura no fígado), doenças cardiovasculares, resistência à insulina, diabetes e adiposidade.

Não existe a melhor dieta (low carb, cetogênica, contagem de calorias ou paleolítica). Cabe ao profissional de nutrição após entrevista com seu paciente, de acordo com os objetivos e durante as consultas, avaliar e reavaliar as melhores estratégias nutricionais. Excluir grupos alimentares pode trazer prejuízos á saúde e performance esportiva.

As dietas com redução na proporção de carboidratos são benéficas para redução do peso e do percentual de gordura. Entretanto, determinar a quantidade de carboidrato que cada indivíduo deve ingerir dependerá dos objetivos e fase do tratamento, modalidade esportiva, tipo, volume, intensidade de treinamento, história clínica e estilo de vida do paciente.

Algumas atitudes podem contribuir para menor estímulo insulínico, melhor controle do peso e promoção da saúde:

- aumentar o consumo de frutas, verduras e legumes
- reduzir o consumo de alimentos industrializados, processados e ultraprocessados
- dar preferência por alimentos integrais: maior teor de fibras, maior saciedade, menor estímulo á insulina
- realizar refeições mistas e reduzir o índice glicêmico das refeições, associando por exemplo carboidratos e proteínas nos lanches intermediários.
- aumentar o consumo de gorduras monoinsaturadas: abacate, azeite, castanhas
- dar preferência a preparações assadas, grelhadas, cozidas e levemente refogadas.
- Para os refogados ou preparações que precisem utilizar "gorduras" utilizar azeite ou óleo de coco
- Praticar exercício regularmente e manter-se ativo (exemplo de alguns dos benefícios: melhora a composição corporal e possui efeito "hipoglicemiante").
- na grande refeição, maior atenção quanto à montagem do prato e escolha dos alimentos: metade do prato com hortaliças A e B verduras e legumes, e a outra metade com proteína animal ou vegetal e cereais, grãos ou hortaliças C (batata, aipim, inhame)


Fonte: Globo Esporte

quarta-feira, 15 de março de 2017

O que é kefir?

Similar ao iogurte, o kefir é um leite fermentado na presença de grãos ricos em bactérias ácido-lácticas, bactérias ácido-acéticas e leveduras. Esses micro-organismos convivem em simbiose envoltos por uma matriz de um polissacarídeo de nome Kefiran.
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O kefir é um antioxidante, o que significa que pode ajudar a prevenir doenças cardíacas (estudos descobriram que o kefir pode diminuir níveis de colesterol), câncer e sinais de envelhecimento ao proteger suas células de danos.

Também existe o cultivo de kefir em água, com açúcar mascavo. Entretanto não se deve misturar os grãos de leite à água e vice-versa. O kefir de leite tem como principal alimento a lactose, enquanto o kefir de água vai utilizar a sacarose do açúcar mascavo para realizar a fermentação.

Sendo feito com leite, o kefir é 99,99% livre de lactose. A razão para isso é que as bactérias e a levedura se alimentam da lactose no leite e a transformam em açúcares simples e na enzima lactase, o que ajuda ainda mais o processo de digestão por pessoas intolerantes a lactose.
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O kefir é um alimento de baixa caloria. Em 100 gramas de grãos teremos 37 calorias. O kefir, após adicionado ao leite, terá outros valores calóricos, que vão variar entre os diferentes graus de gordura dos leites disponíveis. Nesse caso, cada 100 ml da mistura terá aproximadamente 90 calorias.

O kefir de água apresentará menor valor calórico ainda, dependendo apenas da quantidade de açúcar que for adicionada a ele.
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Principais Benefícios do kefir:

- É um alimento probiótico, ou seja, rico em bactérias e micro-organismos que fazem bem à flora intestinal.

- Rico em vitamina B12, B1, biotina, K, ácido fólico, cálcio, magnésio, fósforo que ajudam a melhorar o sistema imune, alivia problemas de pele, como eczema e acne.

- Ajuda a reduzir a acidez estomacal em excesso, sendo portanto, um ótimo alimento para pessoas com problemas de gastrite, úlcera e refluxo, entre outros.

- Tem uma importante função referente ao controle de produção da bílis pelo fígado, como também, é indicado como coadjuvante nos casos de hepatite.

- Suas leveduras, bactérias amigas e lactobacilos ajudam a enfrentar e suavizar as crises de colite em suas diversas formas, como também outras patologias relacionadas ao cólon, e ao ataque às bactérias nocivas presentes no intestino. Sendo também um aliado no combate à diarreia, constipação intestinal, e inflamações.

- A presença do cálcio na composição do kefir ajuda no combate a osteopenia, osteoporose e reumatismo.

- Mais uma propriedade importante do kefir está ligada à melhora nas crises de asma, bronquite e tuberculose.

- As alergias, candidíase e outras doenças oportunistas relacionadas ao sistema imunológico em desequilíbrio serão beneficiadas pelo uso do kefir.

- A presença do triptofano estimula o cérebro na produção de endorfinas e serotonina, ajudando nos casos de depressão e ansiedade.

- O kefir ajuda a manter a pele, cabelo e unhas saudáveis.

- Estimula a circulação, favorecendo o bom funcionamento do coração, regulando a pressão arterial e ajudando no combate ao colesterol ruim.

- Rico em proteínas, que são os agentes fundamentais na construção muscular, também ajuda a potencializar a absorção de glicose pelas células musculares, o que promove grande ajuda no rendimento físico.

- É rico em proteínas, que favorecem a aceleração do metabolismo.

- Aumenta os fluídos corporais, ajudando a depurar gorduras e toxinas.
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Como preparar o kefir?
Uma colher de sopa de grãos de kefir, para cada meio litro de leite, costuma ser a melhor proporção para o seu cultivo ideal. Esses grãos deverão ser colocados num vidro juntamente com o leite, deixando em descanso entre 12 até 36 horas. É preciso cobri-lo com um pano de prato comum. O melhor local para guardá-lo enquanto está em fermentação é dentro de um armário. Quando estiver pronto, deve-se agitar o vidro, e a seguir, coá-los. A seguir, deverão retornar ao vidro com nova porção de leite para a próxima fermentação. O kefir pronto poderá ser armazenado em geladeira.

Dicas
- O leite deverá estar fresco.
- Não utilize nenhum utensílio metálico. Prefira coador, vasilhas e talheres de plástico ou outro material.
- Não é necessário lavar os grãos entre um cultivo e outro, mas recomenda-se fazer isso uma vez na semana ou a cada duas semanas. Depois de peneirado, lave os grãos com água filtrada e reinicie o processo.
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Fonte:
http://www.mundoboaforma.com.br/11-beneficios-do-kefir-para-que-serve-e-propriedades/
http://www.mundoboaforma.com.br/kefir-emagrece-ou-engorda-beneficios-e-analise-completa/