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quarta-feira, 31 de março de 2010

24 Horas no Top 20 – Melhores Séries da Década


“Em nenhuma lista de Melhores Seriados da década irá faltar 24 HORAS. Seja pela inovação de formato narrativo ou pelo carisma do personagem principal, é inquestionável a contribuição da trama para a história da TV americana. Responsável pela execução do conceito “tempo real” em novembro de 2001, o show da rede Fox indicava uma série de vida curta. Afinal, quanto fôlego os produtores teriam para mostrar em sequência um dia inteirinho da vida de um agente especial sem torná-la cansativa? Hoje, nove anos depois, a resposta é conhecida: a fórmula já está consagrada.
Mesmo antes de soar o primeiro bipe do reloginho digital marcador dos intervalos de cada episódio é fácil sentir que esta série é diferente. 24 HORAS é mais uma do estilo “ame ou odeie” – indiferente ninguém fica. Capitaneada pelo controverso personagem batizado Jack Bauer, espécie de McGyver com apoio da mais moderna tecnologia e dono de um instinto kamikaze, 24 é sem dúvida o seriado de mais ação no ar atualmente. Em sua oitava temporada, equivalente a apenas oito miseráveis dias na vida do personagem, o show tirou do ostracismo a carreira do ator Kiefer Sutherland, que não raro era referido como “o ex-noivo de Julia Roberts” que perdeu a musa após uma noitada com prostitutas. Enquanto seu personagem busca por redenção, seu intérprete já a encontrou. O show baseado no anti-herói que faz o certo por meios duvidosos não se contenta em distribuir sopapos, tiros e bombas ao longo dos episódios. 24 HORAS inevitalmente aposta em um pano de fundo social e político, quase sempre oportuno, que suscita grandes discussões na mídia. Foi assim na estreia – dois meses após os ataques às Torres Gêmeas, com uma trama que envolvia atentados à América – e segue assim desde então – como na sétima temporada, quando adentrou a Era Obama questionando os atos do passado. A serviço de seu país, ocupando postos na CTU (Unidade de Contra-Terrorismo, na tradução) e no Departamento de Defesa, ou até mesmo solitário na África, caso do telefilme derivado da série, Jack Bauer derruba inimigos e arrebata fãs na mesma velocidade. Já é clássico na série o “mocinho” tropeçar em agentes infiltrados, prova de que o RH do serviço público dorme no ponto. Entre um salvamento e outro, tanto de um presidente americano quanto de cidades inteiras, são construídos laços de amizades no ambiente de trabalho e uns poucos amores, nunca com finais felizes. Mas não há tempo para lamentar as perdas: a vida tensa de Bauer recomeça a cada temporada, sem direito a pit stops no banheiro ou sequer um lanchinho.” (Camila Saccomori)

Fonte:

http://sociedadedosblogsdeseries.wordpress.com/2010/03/27/top-20-melhores-series-da-decada-parte-4/

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