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terça-feira, 31 de julho de 2012

Alimentação saudável ajuda na cicatrização de ferimentos

Vitamina C e proteínas são fundamentais no processo de renovação da pele
Os alimentos fornecem todas as substâncias necessárias para o funcionamento correto de todos os sistemas do corpo humano. Dessa forma, a boa dieta se torna essencial para a sobrevivência e a saúde, sendo responsável, muitas vezes, pela cicatrização de ferimentos mais leves até casos específicos de recuperação pós-operatória.

Para garantir uma boa cicatrização em caso de ferimentos na pele, além de procurar ajuda de um especialista e utilizar a medicação adequada para auxiliar no processo de cicatrização, uma boa dieta com alimentos selecionados é fundamental para uma rápida recuperação do paciente. Há nutrientes que não podem faltar, como vitamina C, ômega 3, zinco e proteínas, e há alimentos que devem ser evitados, como aqueles industrializados ou contendo excesso de açúcar, gordura e sal, pois comprometem todo o processo.
Frutas como acerola, caju, goiaba, mamão, kiwi, morango, mexerica e laranja, nessa ordem, são as mais ricas em vitamina C, que auxilia na formação do colágeno, ajudando assim na renovação da pele.

— As frutas são muito versáteis, podendo ser consumidas no café da manhã, durante as refeições ou como parte dos pequenos lanches — comenta a nutricionista Ana Ceregatti.

Pimentão cru (especialmente o amarelo), agrião, couve, brócolis e repolho, também ricos em vitamina C, devem ser ingeridos regularmente durante almoço e/ou jantar.

O processo de cicatrização também consome muita proteína, que pode ser encontrada nas leguminosas (feijão, lentilha, ervilha, grão-de-bico, fava), nas oleaginosas (castanha-de-caju, nozes, amêndoas, semente de abóbora) e nos cereais integrais. Esses alimentos também são boas fontes de zinco, um mineral fundamental para a renovação da pele. Carnes, ovos e laticínios, apesar de serem boas fontes proteicas, devem ter seu consumo moderado.

— Um nutriente importantíssimo nesse processo é o ômega 3, pela sua ação antinflamatória. Encontrado principalmente na linhaça, esse é um tipo de gordura que o organismo não consegue fabricar e que, por essa razão, precisa ser ingerido diariamente — diz a nutricionista.

Óleo de canola, oleaginosas e peixes de águas frias e profundas, como a sardinha, também são ótimas fontes de ômega 3. Para que a cicatrização aconteça de forma rápida e adequada, o paciente deve seguir as orientações do médico e adotar uma dieta balanceada, dando ênfase a todos esses nutrientes.

Fonte: BEM-ESTAR

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Consumo de poucas calorias pode não ajudar na perda de peso

Dieta que prevê baixos níveis de açúcares tem bom desempenho sem prejudicar a saúde, aponta estudo

A dieta que apresenta melhor desempenho para o emagrecimento foi a de baixo consumo de carboidratos, mas alto nível de gorduras, conforme uma pesquisa divulgada em junho pelo Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos.

Muitas pessoas que perdem peso têm dificuldade em não recuperá-lo depois que a dieta acaba. Isso acontece, frequentemente, pela baixa motivação e comprometimento com a dieta e exercícios. Para piorar, o baixo consumo de calorias também torna mais difícil a queima das mesmas.

Portanto, uma equipe de pesquisadores coordenada pelos médicos Cara Ebbeling e David Ludwig avaliou os efeitos de diferentes dietas para a queima de calorias. A pesquisa foi feita com 21 adultos, entre 18 e 40 anos, que já haviam perdido peso inicialmente. Depois disso, três tipos diferentes de dieta foram aplicadas durante quatro semanas, respectivamente.

Os cardápios tinham o mesmo número calórico, mas variavam as proporções de carboidratos, gorduras e proteínas. A de baixa gordura era composta por 60% de carboidratos, 20% de gorduras e 20% de proteínas. A de baixo teor de açúcares previa a dieta de 40% de carboidratos, 40% de gorduras e 20% de proteínas. E a de nível muito baixo de carboidratos consumiria 10% de carboidratos, 60% de gorduras e 30% de proteínas.

A pesquisa apontou que os participantes queimaram o maior número de calorias durante a dieta que previa o consumo muito baixo de carboidratos. No entanto, notou-se também o aumento de fatores de risco para diabéticos e pessoas com risco cardíaco, além do aumento do cortisol, hormônio responsável pelo estresse. Já o baixo consumo de açúcares apresentou um resultado similar, porém sem comprometer a saúde.

— Além de não criar riscos para a saúde, a dieta de nível de açúcares é mais fácil de manter, já que não elimina grupos inteiros de alimentos — explica Cara.

Fonte: BEM-ESTAR

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Pesquisa mundial revela a pandemia do sedentarismo

Levantamento envolvendo 122 países e coordenado por um pesquisador gaúcho aponta os danos da inatividade física
A falta de exercícios é responsável pelo mesmo número de mortes vinculadas ao ato de fumar. É essa a conclusão de um estudo que envolveu 122 países e que será publicado hoje pela revista britânica The Lancet. O sedentarismo, de acordo com a pesquisa, é responsável por uma em cada 10 mortes em todo o mundo, índice comparável ao impacto do tabagismo.

Para o coordenador do estudo global, que envolveu pesquisadores de 16 países, o gaúcho Pedro Hallal, do Centro de Estudos Epidemiológicos da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), há uma pandemia de inatividade física. O estudo publicado em forma de artigos científicos revela que a inatividade física se tornou um contribuinte de peso para as principais causas de morte no mundo. O grupo de sedentários é formado por 1,5 bilhão de pessoas, o que representa 31,1% dos adultos. Entre 13 e 15 anos, o número é assustador: 80% não atingem a recomendação de uma hora por dia de atividade física.

No Brasil, 49,2% das pessoas são inativas, o segundo pior resultado entre os países do continente americano. Perdemos apenas para a Argentina, que tem 68,3% de sedentários. O estudo, porém, traz perspectivas positivas, inclusive vindas da tecnologia. Já há resultados que comprovam que a telefonia móvel pode servir como incentivo para que um número maior de pessoas se torne fisicamente ativo, como no caso de Denilson Montenegro, retratado na página ao lado. Para Hallal, pela prevalência do sedentarismo em proporções globais e pelo impacto sobre a saúde, a inatividade física tem consequências imensas nas áreas de saúde, economia, ambiente e social.

– Não existe um cálculo do quanto deixaria de ser gasto se as pessoas praticassem o recomendado pela Organização Mundial de Saúde, mas, pelo que traz de benefícios, com certeza haveria uma grande economia.

Quem é inativo...
Em média, no mundo, 31,1% dos adultos e 80% dos adolescentes estão em risco elevado de doenças por deixar de fazer quantidades recomendadas de atividade física

No Brasil, 49,2% estão no patamar de inatividade física, o segundo pior índice das Américas, atrás apenas da Argentina (68,3%), e entre os piores índices do mundo.

As mulheres (51,6%) são, em geral, mais sedentárias do que os homens (47,2%)

Qual é o impacto...
Teoricamente, se o número de inativos diminuísse 10% ou 25%, entre 533 mil e 1,3 milhão de mortes poderiam ser potencialmente evitadas no mundo a cada ano. A expectativa de vida da população mundial aumentaria em torno de 0,68 ano se os inativos fossem eliminados.

A inatividade física é... 
Não utilizar pelo menos 150 minutos por semana fazendo atividade física moderada (caminhada, por exemplo, em passo apressado, durante 30 minutos, cinco dias por semana), ou exercícios mais vigorosos por 20 minutos, três vezes por semana.

Responsável por 5,3 milhões das 57 milhões de mortes ocorridas mundialmente em 2008, e por cerca de 1 em cada 10 mortes em todo o mundo, comparável ao impacto do tabagismo

Apontada como causadora de entre 6% e 10% das quatro principais doenças não transmissíveis (doenças coronárias, diabetes tipo 2, e câncer de mama e câncer de cólon).

Corrida tecnológica 
Estimulado por aplicativos baixados no telefone celular, há dois anos o gestor de tecnologia da informação Denilson Montenegro, 42 anos, cumpre todas as etapas do treinamento físico. As etapas vencidas são narradas pela voz eletrônica: “faltam três quilômetros”, “você está indo bem”. Quando o percurso chega ao fim, o sistema envia uma publicação para o Facebook e, cada vez que um amigo curte, aplausos são disparados pelo fone de ouvido.

– Fica a sensação de que a galera está na torcida. Isso ajuda a aumentar o compromisso de manter o rendimento – comenta.

A tela do computador também é transformada por Montenegro em um estímulo para quem está do outro lado. A dentista Luciane Pandolfo, 43 anos, estava parada há cinco anos. De tanto ver as publicações de Montenegro nas redes sociais, Luciane deu um basta no sedentarismo e seguiu os passos do amigo, recebendo aplausos de outros esportistas e também de sedentários – que um dia, espera-se, vão aderir a exercícios, ajudando a reduzir o quadro de inativos em todo o mundo, diminuindo as mortes e aumentando a expectativa e a qualidade de vida da população.

História e prestígio

Fundada em 1823, a revista The Lancet, da editora Elsevier, é uma das mais importantes publicações científicas da área médica. De acordo com o Journal Citation Reports, sistema de avaliação da Thomson Reuters utilizado mundialmente para classificar o impacto científico de publicações, a Lancet, com fator de impacto igual a 38,28, é a 7ª revista científica em geral com maior fator de impacto internacionalmente e a 2ª mais importante na categoria medicina geral.

Fonte: Bem-Estar