Você sabe a diferença entre dietas Low fat, Low carb e Cetogênica? Entenda o que é cada uma abaixo:
Dieta "Low fat"
A dieta Low fat preconiza a redução de gorduras, é composta por 45 a 65% da energia vindo de carboidratos (maiores percentuais principalmente para atletas de endurance), 10 a 35% da energia a partir de proteínas e 20 a 35% de gorduras.
Quais os alimentos fontes de carboidratos? Frutas, mel, sucos de frutas, geleia, hortaliças A (verduras), hortaliças B (legumes), hortaliça C (batata, aipim, inhame), cereais (arroz, macarrão, milho, couscous, quinoa, aveia, triguilho, cevadinha), pães, torradas, biscoitos.
Para redução de peso, normalmente, utiliza-se redução de 30% do valor energético total.
Dieta "Low fat"
A dieta Low fat preconiza a redução de gorduras, é composta por 45 a 65% da energia vindo de carboidratos (maiores percentuais principalmente para atletas de endurance), 10 a 35% da energia a partir de proteínas e 20 a 35% de gorduras.
Quais os alimentos fontes de carboidratos? Frutas, mel, sucos de frutas, geleia, hortaliças A (verduras), hortaliças B (legumes), hortaliça C (batata, aipim, inhame), cereais (arroz, macarrão, milho, couscous, quinoa, aveia, triguilho, cevadinha), pães, torradas, biscoitos.
Para redução de peso, normalmente, utiliza-se redução de 30% do valor energético total.
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Dieta "Low carb"
Dietas com baixo teor de carboidratos ou Low carb (LCD) são definidas como ingestão abaixo de 200g de carboidrato por dia, usualmente entre 50-150g por dia ou abaixo de 40% da energia fornecida por carboidratos.
Preconiza-se a redução da ingestão de carboidratos e aumento da proporção de proteína e gorduras. A proteína promoveria aumento do gasto energético, preservação da massa magra e maior saciedade. Esta “configuração de dieta” promoveria menor estímulo à secreção de insulina quando comparado a dietas tradicionais ou low fat. O objetivo é reduzir a secreção de insulina, aumentar a oxidação de gorduras - utilizar gorduras como fonte energética e preservar a massa magra corporal.
Mas por que reduzir a secreção de insulina? A insulina é um hormônio anabólico (hormônio de “construção”- leva nutrientes para ser armazenado nos tecidos), secretado pelo pâncreas, principalmente após o consumo de carboidratos. Quanto maior o consumo de alimentos ricos em carboidratos, maior a quantidade de glicose na corrente sanguínea e maior a secreção de insulina para levar a glicose para as células e diminuindo a utilização de gordura como fonte energética no tecido adiposo. A insulina também estaria relacionada ao aumento da fome.
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Dieta Cetogênica
A dieta cetogênica (KD ou VLCD) é um tipo de dieta Low carb, mas com maior redução de carboidratos, tendo máximo de 50g (usualmente em estudos utiliza-se 30g) ou 10% dos requerimentos energéticos provindo de carboidratos. As principais fontes de combustíveis são os ácidos graxos (cerca de 70% dos requerimentos energéticos através gorduras da dieta e tecido adiposo) e cetonas ou corpos cetônicos (cerca de 20% dos requerimentos energéticos através de gorduras e proteínas da dieta e do tecido adiposo).
No programa alimentar são usados alimentos ricos em gorduras como ovos, queijos, carnes, bacon, manteiga, azeite, óleo de coco, oleaginosas (castanhas, nozes, amêndoas, amendoim, macadâmia), leite coco, coco, abacate, farinha de castanha).
A dieta cetogênica é usada por profissionais também como estratégias temporárias, em determinada fase de um programa alimentar. Não é uma estratégia fácil de ser mantida, nem todo indivíduo se adapta ou tem indicação para uso. Uma grande questão é a monotonia alimentar e o desequilíbrio nutricional pela restrição de alguns grupos alimentares.
É fundamental adequar o consumo energético, de macronutrientes (carboidratos, lipídeos e proteínas) e micronutrientes (vitaminas e minerais) para a manutenção do desempenho esportivo. A baixa ingestão de energia pode resultar em fornecimento insuficiente de importantes nutrientes relacionados ao metabolismo energético, à reparação tecidual, ao sistema antioxidante e à resposta imunológica.
Para não afetar o desempenho físico estudos têm demonstrado que, além da importância da adequação energética, é preciso ajustar a ingestão de proteínas entre 1,2 a 1,7g/kg de peso (média 1,5g) para preservação da massa corporal magra.
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A alimentação do brasileiro é muito rica em carboidratos associados a gorduras (frituras, cremes e molhos), o que contribui para o ganho de peso e não melhora o desempenho esportivo. Acredito que para melhor controle glicêmico, maior saciedade, menor estímulo à insulina e maior oxidação de gordura, além da prática esportiva regular, é preciso realmente reduzir esta alta proporção de carboidratos e aumentar a proporção das proteínas (animal magra ou vegetal) e gorduras “boas”.
Entretanto, são necessários mais estudos e por mais tempo para avaliar as melhores proporções dos macronutrientes (carboidratos, gorduras e proteínas), os efeitos das diversas dietas na perda de peso, na saúde e no desempenho esportivo.
Não existe a melhor dieta, a que mais emagrece ou a que mais aumenta o desempenho esportivo. A prescrição do programa alimentar deve ser elaborada de forma personalizada, de acordo com: objetivos, história clínica, história alimentar (preferências, aversões, intolerâncias e alergias), modalidade esportiva, fase ou tipo de treinamento. É preciso um programa alimentar que seja mantido, duradouro, sempre reavaliado e adaptado ao estilo de vida.
Fonte: Eu atleta
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