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quarta-feira, 14 de março de 2012

Substituir carne vermelha por peixe ou frango pode reduzir risco de morte prematura

Pesquisa monitorou hábitos alimentares de 120 mil pessoas nos EUA por mais de 20 anos


Comer uma porção diária de carne vermelha processada pode aumentar o risco de morte prematura em até 20%, segundo estudo realizado com mais de 120 mil pessoas nos Estados Unidos e divulgado na segunda-feira. O estudo, feito por especialistas da Universidade de Harvard (Massachussetts), dá evidências de que comer carne vermelha aumenta o risco de doenças cardíacas e câncer. No entanto, também sugere que substitui-la por peixe e carne de frango pode reduzir o risco de morte prematura.

— Este estudo oferece evidência clara de que o consumo regular de carne vermelha, especialmente carne processada, contribui substancialmente para uma morte prematura — disse Frank Hu, autor principal do estudo, publicado na revista Arquivos de Medicina Interna.

Os cientistas trabalharam com base em dados de um estudo feito com 37.698 homens, acompanhados por 22 anos e de 83.644 mulheres, estudadas por 28 anos. Os participantes foram consultados sobre seus hábitos alimentares a cada quatro anos.

Aqueles que comiam uma porção diária, da espessura de um baralho de cartas, de carne vermelha sem processar, demonstraram um risco 13% maior de morrer do que aqueles que não comiam carne vermelha com tanta frequência. Se a carne vermelha é processada, como salsichas ou toucinho, o risco aumentava para 20%.

No entanto, substituir a carne vermelha por nozes provou reduzir o risco de mortalidade total em 19%, enquanto o consumo de grãos inteiros ou de carne de ave diminuiu o risco em 14% e o peixe, em 7%.

Os autores afirmaram que de 7% a 9% de todas as mortes no estudo "poderiam ser evitadas se todos os participantes consumissem menos de 0,5 porção diária de carne vermelha total".

A carne vermelha processada demonstrou conter ingredientes como gorduras saturadas, sódio, nitritos e outras substâncias, vinculadas a muitas doenças crônicas, inclusive doenças cardíacas e câncer.

"Mais de 75% dos 2,6 trilhões de dólares em custos anuais de cuidados com a saúde dos Estados Unidos são de doenças crônicas. É provável que comer menos carne vermelha reduza a morbidade com estas doenças, reduzindo assim os custos com atenção médica", afirmou Dean Ornish, médico e especialista em dietas da Universidade da Califórnia em San Francisco, em comentário que acompanhou a publicação.

Fonte:

quinta-feira, 8 de março de 2012

História do 8 de março

No dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova York, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.

A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano.

Porém, somente no ano de 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o "Dia Internacional da Mulher", em homenagem as mulheres que morreram na fábrica em 1857. Mas somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas).

Objetivo da Data

Ao ser criada esta data, não se pretendia apenas comemorar. Na maioria dos países, realizam-se conferências, debates e reuniões cujo objetivo é discutir o papel da mulher na sociedade atual. O esforço é para tentar diminuir e, quem sabe um dia terminar, com o preconceito e a desvalorização da mulher. Mesmo com todos os avanços, elas ainda sofrem, em muitos locais, com salários baixos, violência masculina, jornada excessiva de trabalho e desvantagens na carreira profissional. Muito foi conquistado, mas muito ainda há para ser modificado nesta história.




Conquistas das Mulheres Brasileiras

Podemos dizer que o dia 24 de fevereiro de 1932 foi um marco na história da mulher brasileira. Nesta data foi instituído o voto feminino. As mulheres conquistavam, depois de muitos anos de reivindicações e discussões, o direito de votar e serem eleitas para cargos no executivo e legislativo.

Fonte: http://www.suapesquisa.com/dia_internacional_da_mulher.htm

quarta-feira, 7 de março de 2012

Produtos light nem sempre são menos calóricos

Dica é substituir alimentos para alcançar um resultado positivo.


Alimentos light são aqueles que sofreram uma redução de pelo menos 25% da quantidade de um determinado nutriente, o que não necessariamente significa que eles são menos calóricos. Em alguns casos, o fato de ter menos gordura não quer dizer que o produto não engorda, porque ele pode compensar no açúcar.

— Para que o alimento light tenha menos calorias do que o original é necessário que haja uma diminuição no teor de algum nutriente energético, como carboidratos, gorduras e proteínas, pois são estes nutrientes que o corpo retém e que, em grande quantidade, se transformam nas gordurinhas indesejadas, se não as gastarmos com exercícios físicos — explica a nutricionista Renata Fidelis.

Ela recomenda cuidado no consumo desse tipo de produto para não cair na armadilha de consumir em maior quantidade só porque é light.

— Um alimento light ingerido em grande quantidade pode engordar até mais do que uma porção normal do produto original — alerta Renata.

Para alcançar um resultado positivo na dieta, a nutricionista aconselha a substituição de alimentos do dia a dia, por exemplo: pão francês por pão integral, leite integral por leite desnatado. Frutas, verduras, legumes, peixes e oleaginosas (nozes e castanha) colaboram para uma alimentação saudável e com poucas calorias.

Fonte: BEM-ESTAR

Pesquisa permite entender como o coração adoece

Estudo revela o mecanismo fundamental de sinalização das células cardíacas.


A estreita interação entre uma proteína de sinalização de estímulos mecânicos das células do coração, a FAK (Quinase de Adesão Focal), e a proteína miosina, que faz o papel de força do músculo cardíaco — ambas presentes no organismo — é o tema de um estudo realizado pela pesquisadora brasileira Aline Mara dos Santos. O trabalho revelou o mecanismo fundamental de sinalização das células cardíacas, permitindo entender como o coração adoece, dando inclusive sustentação para criar formas de interferir no desenvolvimento de doenças cardíacas.

Segundo o cardiologista Kleber Franchini, orientador do projeto, o estudo toca num assunto que tem suas raízes nos miócitos cardíacos, que são as células de contração do coração, e a sua capacidade de se adaptarem a estímulos mecânicos, principalmente em situações de doenças como hipertensão arterial, doenças das válvulas cardíacas e infarto do miocárdio.

— Abordamos o conhecimento de como o coração responde em situações de sobrecarga — exemplifica Aline Santos.

A pesquisadora orienta que essa sinalização acontece porque a célula cardíaca é muito sensível a estímulos mecânicos, assim como ocorre com qualquer músculo do corpo humano. Sujeitos a um processo de hipertrofia, as miócitos cardíacos não se dividem como outras células do organismo, a exemplo das mucosas da boca e da pele, podendo, assim, aumentar de tamanho.

— Uma vez a célula sendo submetida a estímulo, como um estiramento, ela libera a enzima da miosina e, depois que se solta, fica ativada, desencadeando uma série de ações dentro dos miócitos que redundam no seu crescimento (hipertrofia) — explica.

Em resposta a estímulos com hipertensão arterial — doenças nas válvulas e infarto do miocárdio — a hipertrofia cardíaca marca o início de um processo muito lento de deterioração do coração. Num primeiro momento, ela faz uma espécie de compensação, contudo já traz em si a semente daquilo que poderá ser a deterioração do coração vista tardiamente na insuficiência cardíaca. O orientador da tese esclarece que, na verdade, quase todas as doenças do coração acabam evoluindo com insuficiência cardíaca.

Fonte: BEM-ESTAR

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Erva-mate combate colesterol ruim, diabetes e até emagrece

O chá provocou uma queda média de 10% a 12% no colesterol ruim durante uma pesquisa realizada pela UFSC.

Uma erva, muitas receitas e diferentes sabores de norte a sul do país. No Sudeste, a preferência é pelo mate gelado. Esta região consome 60% do chá industrializado no Brasil. No Sul, a erva-mate tem o doce sabor da tradição. Lá, ela é apreciada com água quente, na cuia. Você até pode tomar sozinho, mas bom mesmo é entrar em uma roda de chimarrão.

O padre Domingos Nandi ensaia o preparo. “Não estava acostumado a tomar chimarrão porque não é da minha cultura, mas confesso que passei a gostar. Não é difícil. ‘O gosto deste amargo te faz bem, faz bem para o colesterol também’”, define.

Saúde comprovada em laboratório. Uma equipe da Universidade Federal de Santa Catarina estudou as propriedades e os efeitos da erva-mate durante três anos. Ao todo, 250 voluntários com problemas de colesterol e diabetes participaram da pesquisa.

A recomendação foi a mesma para todos: beber um litro de chá feito com mate tostado, por dia, divido em três xícaras dez minutos antes, durante ou depois das principais refeições.

“A erva-mate, junto com estes alimentos, vai inibir a absorção do colesterol. Ou seja, o organismo absorve menos gordura”, explica a pesquisadora Brunna Boaventura, da UFSC.

Os voluntários usaram saquinhos com duas colheres de sopa de erva tostada. Quando a chaleira começa a chiar é sinal de que a água está no ponto. Ela não pode ferver. Tem que ficar em torno de 90ºC.

A mistura deve descansar por alguns minutos. A bioquímica Cristiane Coelho fez tudo direitinho. “No começo, foi mais difícil que eu achei um pouco amargo, mas depois de um mês já estava bem adaptada. Já estava até gostando do chá”, diz.

Depois de 40 dias, Cristiane descobriu que teve um dos melhores resultados do estudo. O colesterol dela era considerado alto: passava de 190. Ao final da pesquisa, esse número baixou para 106.

“Foi uma queda bem grande do nível do colesterol, passou para uma taxa normal”, conta.

O chá provocou uma queda média de 10% a 12% no colesterol ruim. “Nós encontramos voluntários que responderam bem à erva-mate e que a redução chegou a 40%”, afirma o coordenador da pesquisa, Edson Luis da Silva.

Surpresa maior foi o efeito da erva em quem já tomava o remédio para o colesterol. “A erva-mate potencializa o efeito do remédio porque os dois têm efeitos diferentes. Enquanto o medicamento diminui a produção do colesterol pelo organismo, a erva-mate diminui a absorção do colesterol que está nos alimentos”, acrescenta Edson.

O colesterol de Domingos estacionou nas alturas. Vinte dias depois de começar a tomar a erva-mate, a taxa caiu de 268 para 198.

“Se fosse dobrada a medicação para o colesterol, esta diminuição ia ser de no máximo 7%. Enquanto com a erva-mate foi quatro vezes maior esta redução do colesterol ruim”, aponta Brunna.

“Esta potencialização do medicamento provocada pela erva-mate pode levar no futuro à redução da dose do remédio para colesterol. Porém deve-se salientar que isso deve ser feito sempre com acompanhamento médico”, ressalta Edson.

Os pesquisadores descobriram que a erva-mate tem um número de propriedades antioxidantes maior até que o chá verde.

“Alguns resultados foram inéditos, como este, em nível celular, fazendo com que as células produzam, por exemplo, suas próprias substâncias antioxidantes”, diz o pesquisador Marcos de Oliveira Machado, da UFSC.

Os antioxidantes combatem os radicais livres, que provocam o envelhecimento precoce. “É possível acreditar que, a longo prazo, ocorra uma redução das doenças crônico-degenerativas, principalmente o envelhecimento precoce, alguns tipos de cânceres e o próprio diabetes”, diz Edson.

Os voluntários com diabetes tomaram o chá-mate durante dois meses e tiveram uma queda média de 10% na produção da glicose.

“Reduz as complicações do diabetes, que seriam as doenças cardiovasculares, doenças renais, problemas na visão e problemas nos nervos”, afirma a pesquisadora Graziela Klein.

“A princípio, qualquer pessoa pode tomar a erva-mate. Porém, algumas que são mais sensíveis a ela podem apresentar alguns efeitos colaterais, como, por exemplo, dor de estômago, irritação na boca, insônia e até mesmo taquicardia”, alerta o professor Edson.

O mate é uma erva tipicamente brasileira. As maiores plantações estão no Sul do país. A produção chega a 200 mil toneladas por ano. As folhas verdinhas estão prontas para a colheita. É um processo delicado, feito de modo artesanal, galho a galho.

De qualquer forma, verde ou tostada, no chá gelado ou no chimarrão, a erva-mate mantém as propriedades que combatem o colesterol e o diabetes. Os pesquisadores só não sabem dizer qual o tamanho da redução, já que o estudo foi feito apenas com chá-mate quente tostado, consumido sempre junto com as principais refeições.

“A gente escolheu a tostada justamente porque ela tem uma maior aceitação pelo público”, explica a pesquisadora Brunna.

“A verde é bem mais amarguinha, e a tostada é mais fácil de tomar, mais docinha”, opina a bibliotecária Márcia Teixeira Pinto.

Doce foi a surpresa de Márcia quando subiu na balança dois meses depois de começar a tomar o chá. Ela conseguiu emagrecer quatro quilos só tomando o chá.

“As substâncias presentes na erva-mate podem acelerar o metabolismo do organismo, provocando inclusive uma maior queima de gordura e, em última instância, uma diminuição do peso corpóreo”, aponta Edson.

Este deve ser o futuro da erva-mate. Os pesquisadores estão testando cápsulas à base do extrato seco da erva. É uma forma de facilitar o consumo, já que nem todo mundo aprecia o gosto do chá.

“Daqui a um ou dois anos a erva-mate pode ser considerada um remédio ou um suplemento alimentar. A longo prazo, considerada um alimento funcional”, afirma a pesquisadora Aline Stefanuto.

Fonte: Globo Repórter