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segunda-feira, 10 de maio de 2010

Cinquenta anos de um rockstar chamado Bono



Em 10 de maio de 1960, nascia o vocalista do U2. Cinco décadas de vida, mais de trinta de U2 e uma luta constante pela desigualdade e injustiça social no mundo. Esse é Paul David Hewson, conhecido no começo da carreira como Bono Vox e hoje, apenas como Bono, não se destaca apenas por ser o vocalista de uma das bandas mais importantes do mundo.


Seu papel como rockstar vai além dos palcos gigantescos e tecnológicos do U2 e o diferencia dos outros nomes do rock n’ roll. “Como um astro do rock, tenho dois instintos: quero me divertir e quero mudar o mundo. Tenho a chance de fazer ambos”, frase de Bono. Mas, para alguns, seu lema irrita e o intitula como o chato-político.

Até seu cargo no U2 correu risco de perder anos atrás. No fim de 2005, revelou em entrevista a BBC de Londres que quase foi expulso da banda por conta de usar tanto o microfone para lutar pelas causas que defende.

“Houve um momento que eu tive medo de ser botado para fora do U2 por ser chato de mais. Essa coisa contra a fome pode cansar. E a primeira função de uma banda de rock é ela não ser chata”.

Em 1985, Bono foi um dos artistas mais ativos do ‘Live Aid’ – evento organizado por Bob Geldof com o objetivo de arrecadar fundos em prol dos famintos da Etiópia - a partir desse festival, começou a abraçar causas de desigualdade e injustiça social.

No começo dos anos 2000, ajudou a fundar a ‘DATA’ que trabalha com grupos religiosos em questões como doenças globais e fome. A ‘RED’ também foi criada por Bono e já ajudou milhões de mulheres grávidas na África, mulheres que se submetem a tratamento para prevenir a transmissão do vírus HIV para seus bebês.

Em 2005, mais uma vez Bono estava envolvido em evento contra a fome. Dessa vez, era o 'Live 8'. Uma série de shows que ocorreram nos dias 2 e 6 de julho de 2005 nos países integrantes do G8 e África do Sul. O evento tinha como principal objetivo pressionar os líderes mundiais para perdoar a dívida externa das nações mais pobres do mundo.

Bem o mal visto por pregar o lema “salvar o mundo”, Bono é um artista com rara capacidade de ter o controle total de sua platéia, seja em um pequeno teatro, ou num grande estádio, como o de Wembley, onde quebrou com 88 mil pessoas, o recorde de público local, no ano passado. Apesar da alta tecnologia utilizada pela banda há muitos anos em suas performances, o que faz a diferença é o cara que comanda a festa.

Fato é, assinando Vox ou não, sendo visto como o chato político ou apenas como o Bono cinquentão, vocal da banda que com mais três caras arrebenta no palco, vale a pena pegar qualquer disco da sua carreira e colocar para tocar; e tocar alto. Afinal, U2 com qualquer Bono é para ouvir, ver e ver de novo, e ouvir outra vez...

Bono perfil

Filho de pai católico e mãe protestante, numa Irlanda separada por conflitos religiosos, Bono cresceu com uma forte espiritualidade, que influenciou não somente seu sentimento humanitário, mas muitas de suas músicas.

O objeto procurado em “I Still Haven’t Found What I’m Looking For”, por exemplo, é o Espírito Santo. Seu pseudônimo "Bono" – é uma adaptação de Bona Vox, uma marca de aparelho auditivo que em Latim traduz-se como "boa voz". Vale lembrar que há anos Bono não usa mais o Vox.

O vocal do U2 é admirador incondicional de Elvis Presley. Ele já até vestiu a roupa dourada, parecida com a que Elvis usou em shows, e segundo ele, até sentiu a presença do mesmo; escreveu um longo poema, e deu nome a um de seus filhos de Memphis Eve (Memphis, cidade onde Elvis viveu e morreu). Hoje, aos 50 anos, Bono é casado com Alison Stewart e além Memphis, tem mais três filhos.

U2

Nos fim dos anos 70, Larry Mullen Jr., com apenas 14 anos, colocou um anúncio na escola, ‘Mount Temple High School’, em Dublin, na Irlanda à procura de integrantes para formar uma banda.

A propaganda resultou na formação do Feedback, que incluía Larry na bateria, Adam Clayton no baixo, Paul Hewson (Bono) no vocal, David Evans (The Edge) na guitarra e o seu irmão Dick, também na guitarra.

Após meses de ensaios, o Feedback virou The Hype. A banda tocou com este nome num concerto para a descoberta de novos talentos em Limerick, na Irlanda e venceu o concurso. Jackie Haden, da CBS Records, que fazia parte do júri, ficou impressionado com a banda. Nascia ali a sua primeira demo.

O punk rocker de Dublin, Steve Rapid disse que The Hype não era um bom nome. Por conta da família de Adam ser muito ligada à aviação, sugeriu um novo nome: U2 (Lockheed U-2, nome de um avião-espião utilizado pelos EUA durante a Guerra Fria e que foi aceito e se tornou o nome oficial da banda.

Em Março de 1980, sem Dick (irmão de The Edge) eles assinam um contrato com a Island Records que em outubro do mesmo ano editava o seu primeiro álbum ‘Boy’. De lá para cá, foi um álbum atrás do outro, muito sucesso, palcos gigantes e ricos em tecnologia e o espetáculo que se tornou o show do U2.

U2 no Brasil

Em 1998, no Estádio do Morumbi, a banda fez sua primeira apresentação no país. O U2 veio divulgar o disco ‘Pop’, de 1997. Em 2000, voltou para gravar o clip da música ‘Walk On’, no Rio de Janeiro.

Em 20 de fevereiro de 2006, o U2 estava outra vez no país com a turnê ‘Vertigo’, e mais uma vez no Morumbi, em São Paulo, para tocar para um público de mais de setenta mil pessoas. No dia seguinte, dia 21, novo espetáculo para mais um dia de Morumbi lotado. Neste dia, Bono chegou a brincar dizendo que aquela era “a festinha particular”, já que o primeiro show foi transmitido para todo o Brasil.

Fonte:

http://www.territorioeldorado.limao.com.br/musica/mus50847.shtm

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