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quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

5 mitos e verdades sobre a dieta do jejum intermitente

Jejum intermitente é um tipo de alimentação que intercala períodos de ingestão controlada de alimento com períodos de jejum absoluto. O método mais utilizado, devido a maior facilidade de adesão, consiste em alternar 16 horas de jejum, com 8 horas de ingestão alimentar, realizando neste momento uma dieta hipo a normocalórica. As refeições devem ser ricas em proteínas magras e gorduras mono e poli insaturadas, e com reduzidas quantidades de carboidratos, priorizando os integrais e os de baixo índice glicêmico.
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Mito ou verdade da dieta:

Qualquer pessoa pode fazer esse tipo de dieta

MITO - Segundo as especialistas, que contraindicam o jejum intermitente, ele não deve ser feito principalmente por crianças, adolescentes, idosos, diabéticos que fazem uso de medicamentos hipoglicemiantes e gestantes. "A gestação é o período de maior demanda nutricional no ciclo de vida da mulher. O carboidrato, por exemplo, precisa estar na refeição para dar energia. Além disso, não é aconselhável que a grávida fique muito tempo sem se alimentar porque ela pode passar mal", afirma Juliana Dantas, nutricionista do departamento de check-up do HCor (Hospital do Coração).

Não é recomendável praticar exercícios durante o jejum

VERDADE - Quem faz atividades físicas precisa ter um suporte adequado de nutrientes. "Se a pessoa passar muitas horas sem se alimentar e, nesse tempo, for praticar exercícios pesados, ela pode ter hipoglicemia", diz Juliana.

Durante o jejum, pode beber água?

DEPENDE - Existem diferentes vertentes da dieta de jejum intermitente, mas na maioria delas o adepto jejua completamente. "Não prescrevo essa prática, mas para as pessoas que já a fazem, oriento para manter, pelo menos, a hidratação porque não faz sentido tirar a água. Todas as reações do nosso corpo acontecem na presença de água", conta a nutricionista clínica Hannah Médici.

As taxas de colesterol ruim aumentam

MITO - Esse tipo de dieta, de acordo com Hannah Médici, existe há séculos, literalmente. "Durante o período paleolítico, o homem, para comer, tinha que caçar sua comida. Então, ele passava muitas horas em jejum. Como a agricultura surgiu bastante tempo depois, o que tinha à disposição para comer era, basicamente, proteína e gordura. Então, essa prática era comum. Acontece que hoje, na vida moderna, temos acúmulo de estresse. Por isso, a pessoa pode ter aumento dos níveis de colesterol ruim", conta a nutricionista. Juliana Dantas complementa dizendo que esses índices negativos variam de pessoa para pessoa."É preciso levar em conta a carga genética. Sendo assim, não dá para dizer que todo mundo terá alterações nos níveis de colesterol ruim", diz a especialista do HCor.

A dieta do jejum intermitente dá resultado

VERDADE - As duas profissionais consultadas concordam que, sim, é possível emagrecer fazendo o regime. No entanto, ao fim da dieta, a pessoa pode voltar a engordar. "É difícil alguém viver em jejum. Então, quando a pessoa volta a se alimentar normalmente, ela retorna para os hábitos errados que tinha antes da dieta e engorda novamente", alerta Juliana. Hannah também acredita que o método tenha resultado no emagrecimento. "A pessoa reduz o peso rapidamente. Só que depois o recupera mais rápido ainda", conclui. Ambas dizem que a melhor maneira para perder quilos extras é a reeducação alimentar.


Fonte: Vida Saudável

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