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sábado, 18 de fevereiro de 2012

Óleo de coco extra-virgem, o novo queridinho dos consultórios de nutrição

Produto mostra excelentes resultados em termos de prevenção de doenças cardíacas


Opção para quem deseja perder alguns quilinhos para ficar com tudo em cima ainda neste verão, o óleo de coco ajuda a reduzir a gordura abdominal e vem sendo cada vez mais indicado por nutricionistas de todo o país como complemento da dieta diária

Apesar de ter fama de gorduroso e engordativo, um dos alimentos mais tradicionais do verão brasileiro, o coco, é também um dos preferidos por nutricionistas para as dietas de perda de peso quando consumido na forma de óleo. Isso acontece porque, ao contrário da maioria dos alimentos ricos em gorduras, o óleo de coco é formado por um tipo de gordura “do bem”, muito positiva para o bom funcionamento do organismo, intitulada triglicerídeo de cadeia média (TCM).

Segundo a nutricionista Elaine de Pádua, que atende em clínica de São Paulo, o óleo de coco extra-virgem é muito indicado para quem deseja perder peso de maneira natural, sem precisar recorrer a dietas extremamente restritivas, por se tratar de um tipo de gordura que tende a gerar saciedade por parte de quem a consome, diminuindo a fome:

— Além de seu papel saciador, de regulador da função intestinal e de atuar como um poderoso auxiliar na redução da gordura, principalmente abdominal, o óleo ajuda a combater os radicais livres e, com isso, retarda o envelhecimento da pele, além de atuar como protetor cardiovascular. Trata-se de um alimento muito completo e recomendado pelos nutricionistas para consumo diário, já que suas propriedades ajudam a complementar a alimentação — explica a especialista.

O sucesso do óleo está ligado ao fato de recentes pesquisas terem comprovado que quem o incluiu na dieta perdeu mais medida na região abdominal do que quem seguiu uma dieta comum.

— A principal vantagem do óleo de coco extra-virgem, quando comparado com outros tipos de gordura, se deve ao fato de ele ser absorvido mais facilmente pelo organismo e transformado rapidamente, no fígado, em energia para as tarefas do dia a dia, deixando de se acumular na forma de gordura, especialmente na região da cintura — esclarece Elaine.

E, para ajudar, os componentes lipídicos do óleo de coco apresentam propriedades antibacteriana e antifúngica, que combate, inclusive, a candidíase e a gastrite bacteriana.

Como complemento, o óleo de coco é considerado também um excelente aliado na prevenção de enfartos e doenças cardíacas. De acordo com a presidente da Sociedade de Cardiologia do Rio de Janeiro (Socerj), Gláucia Oliveira, os resultados da excelente atuação do alimento na prevenção de problemas do coração foram comprovados por uma pesquisa recente da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e ele vem sendo altamente recomendado a pacientes com sobrepeso e histórico de doenças cardíacas na família.

— A composição do óleo conta com uma excelente quantidade de gordura saturada de boa qualidade, que difere da tradicional gordura saturada presente nas carnes e produtos industrializados. Portanto, ele atua como um fantástico substituto da gordura saturada de origem animal e da trans, prejudiciais à saúde.

Seu consumo moderado eleva os níveis do bom colesterol (HDL) no organismo, o que pode levar o indivíduo a uma considerável diminuição dos riscos do surgimento de aterosclerose, derrame cerebral e doenças cardiovasculares, como infarto agudo do miocárdio.

Como consumir?

O óleo de coco está à venda em lojas de produtos naturais e já pode ser encontrado também na maioria dos grandes mercados brasileiros. A nutricionista indica que se consuma diariamente duas ou três colheres do produto para que os resultados sejam perceptíveis na dieta, evitando excessos, pois o óleo pode dar origem a diarreias, em alguns casos. Além disso, para preservar suas propriedades nutricionais, o ideal é consumi-lo em preparações frias, como em saladas, shakes e torradas.

Como complemento, deve-se lembrar que o consumo de óleo de coco não deve substituir completamente outros óleos vegetais, pois ele contém baixo teor de gorduras essenciais, como o ácido linoleico (ômega-6) e não contém ácido alfa-linolênico (ômega-3), que devem ser obtidos a partir da utilização de outros óleos vegetais protetores do coração, como azeite de oliva, óleo de canola e óleo de linhaça, na alimentação.

Fonte: DONNA

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