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sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Alimente seus genes: dieta pode limitar propensão genética a doenças

Descoberta de pesquisadores noruegueses derruba os argumentos que sustentam as dietas consideradas "salvadoras"



A dieta é a chave para controlar a nossa suscetibilidade pessoal genética para a doença. Ao escolher o que comemos, optamos se vamos oferecer aos nossos genes as armas que causam doenças. Mas, então, o que devemos comer? Respostas com recomendações para dietas saudáveis não faltam. Porém, qual seria a resposta a essa pergunta se soubéssemos como os nossos genes respondem aos alimentos que ingerimos e como eles afetam o processo celular que nos faz saudáveis (ou não)?

A resposta que cientistas da Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia encontraram pode surpreender: a melhor dieta do ponto de vista de um gene deve ser composta por um terço de proteínas, um terço de gorduras e um terço de carboidratos. Segundo o recente estudo publicado no site da instituição, esta seria a melhor receita para limitar o risco de doenças relacionadas aos hábitos de vida.

Doenças cardiovasculares, cânceres e diabetes

No estudo, os pesquisadores Ingerid Arbo e Hans-Richar Brattbakk alimentaram pessoas que estavam um pouco acima do peso com dietas diferentes, que demonstraram efeito sobre a expressão gênica — o processo no qual a informação da sequência de um gene do DNA é traduzida em uma substância.

Os cientistas descobriram, por exemplo, que uma dieta com 65% de carboidratos faz com que vários tipos de genes tenham que "fazer horas extras", isto é, trabalhem muito mais.

De acordo com a supervisora do estudo, Berit Johansen, isto afetaria não apenas os genes que causam inflamações, mas também genes associados ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares, cânceres, doenças mentais e diabetes tipo 2 — as principais doenças relacionadas ao estilo de vida.

Mude a sua dieta

A descoberta dos pesquisadores noruegueses derruba os argumentos que sustentam as dietas que você ouviu que o salvariam. Segundo a publicação, o que acontece é que existem várias recomendações e uma grande variação quanto à forma como são justificadas cientificamente.

— Ambas as dietas de baixa e alta ingestão de carboidratos estão erradas. Mas a dieta com ingestão reduzida destes nutrientes está mais próxima de uma alimentação correta — explica a pesquisadora.

Segundo ela, a dieta não deve conter mais de um terço de carboidratos (até 40% das calorias) em cada refeição, caso contrário, os genes são estimulados para iniciar atividade que gera inflamação no corpo.
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No entanto, a professora adverte que cortar completamente os carboidratos e ingerir mais gorduras e proteínas também é prejudicial. O ideal seria manter um equilíbrio sempre.

A recomendação de Berit é que os três nutrientes sejam ingeridos em cinco ou seis pequenas refeições diárias e não somente na refeição principal.

— Se você quer reduzir a probabilidade de doenças, porém, a mudança na dieta tem de ser permanente — explica.

Fonte: BEM-ESTAR

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